quinta-feira, 28 de abril de 2011

O bêbado poliglota da calça "arriada"



Antes de comecar a hitória de hoje, queria agradecer as pessoas dos Estados Unidos, que leram o meu post de ontem e me mandaram alguns e-mails. Muita gente que mora lá agora, já morou aqui em Goiânia na Avenida Anhanguera, no Bairro Central, onde a historia aconteceu. E me disseram que já tinham ouvido essa história do "maluco psicopata de óculos"... O meu amigo é bem mais famoso do que ele imaginava...

Bom, a história de hoje é sobre um amigo meu que quando ficava "trêbado" (expressão para indicar que o cidadão está muito... mas muito mais que bêbado) sempre dava vexame e proporcionava vexame aos que com ele estivessem....

Eu tinha uns 17 anos na época e o meu primo e um dos meus amigos eram "viciados em tecnologia". Por conta disso eles acabaram fazendo amizade com um homem mais velho que era "viciado em gastar dinheiro em tecnologia". Essa amizade dos dois acabou me fazendo ficar amiga desse senhor também e eu passei a frequentar a casa dele junto com o meu primo e o meu amigo.

Este senhor nosso amigo adorava uma cerveja (sem mencionar outros fermentados e destilados) e por conta disso sempre se metia em confusão. O meu amigo amante da tecnologia sempre dizia que sabia quando  o "senhor" tinha chegado ao "ponto de saturação da bebura" quando ele começava a falar em outras línguas como por exemplo o inglês. Pior de tudo é que falava muitíssimo mal, pois não sabia "patavinas" do que estava a falar. O melhor de tudo é que ele usava frases como "the book is on the table" e afins...

Um dia em que o meu primo e o meu amigo sairam com este senhor, era um sábado e ele já havia "bebido todas" e estava "pra lá de Bagdá" de tanta cachaça. Eles iam a um desfile, se nao me engano algum tipo de "miss piscina" em que a namorada deste senhor era finalista. Ainda com eles, estava um funcionário deste senhor (uma espécie de pau mandado puxa-saco) que sempre o acompanhava.

Chegando ao local do desfile, o senhor em questão já chegou gritando logo na entrada chamando a atenção de quem por lá passasse. O meu amigo e meu primo logo começaram a perceber que a noite ia ser longa, porque o senhor em questão não parava de comprar cerveja (ficando ainda mais bêbado e falando mais ainda em outras línguas).

Eis que o desfile começou e não demorou muito para a namorada dele entrar de biquini. Realmente não saberia descrever o que deve ter se passado na cabeça do referido senhor para deixá-lo tão entusiasmado a ponto de num momento crucial do desfile ele resolver "abaixar as calças" literalmente.

O meu primo e o meu amigo que o acompanhavam se surpreenderam com a dimensão da "bebura" do referido senhor e um tanto envergonhados tentavam suspender a calça do senhor em questao. Eles suspendiam e o senhor abaixava, eles suspendiam e o senhor abaixava... e por ai foi...

Começou o espetáculo. O senhor totalmente bêbado, mal conseguindo se equilibrar nas próprias pernas gritando com a multidão (que escandalizada o olhava) em inglês ("the book is on the table!") e "arriando" as calças tentando mostrar a sua cueca de marca internacionalmente conhecida.

O pior de tido foi que o meu primo e o meu amigo, na tentativa de socorrer o restante de dignidade que ainda restava ao "respeitável senhor bêbado poliglota de calça arriada" (esqueci de dizer que o senhor em questão era figura da elite social da minha cidadezinha... Esse "ocorrido" aconteceu lá) acabaram por se tornar, juntamente com ele, o centro das atenções.

Foi aquela festa aos gritos ensurdecedores: "the book is on the table" pra cá... "the book is on the table" pra lá... "arria" e suspende a calça de cá... "arria" e suspende a calça de lá... até que o funcinário dele (pau mandado puxa saco do início da história) resolveu ajudar a segurar as hábeis mãos do "respeitável senhor bêbado poliglota de calça arriada"... Quando conseguiram segurar o referido senhor e "laçar o touro indomável" trataram de "escafeder-se" dali o mais rápido possível.

Bom, no outro dia (domingo), depois da noite do "espetáculo de horrores", o meu primo, o meu amigo e eu fomos a casa do senhor em questão para ver como ele havia se recuperado da noite... digamos... entusiástica. Chegamos lá, sentamos e até almoçamos na casa dele. A casa estava cheia de gente e a cachaça estava presente mais do que nunca.

Caro leitor, não vais acreditar no que narrarei agora! E não é que ele não estava nenhum pouco preocupado com o ocorrido?... O meu primo disse-me que como ele era rico, a cidade até poderia comentar, mas quem fica na boca do povo são os pobres, pois pobre é quem dá vexame; rico tem "apenas" um "momento de tensão". Uma coisa é certa: falando inglês ou não, arriando as calças ou nao, no outro dia de qualquer jeito ele iria acordar mesmo e dizer sem sombra de dúvida: "Hoje eu estou mais rico que ontem!".

2 comentários:

  1. Bia...Realmente,quem da vexame é pobre,rico tem apenas tem um momento de tensão...Amei a historia...

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  2. hahaha eu conheco essa historia por que temos o mesmo amigo:)viciado em tecnologia:)

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