terça-feira, 10 de maio de 2011

O constrangimento de se chupar algumas mangas...



Caríssimo leitor, sei que estou em dívida com a sua pessoa, mas no dia das mães (segundo domingo de maio no Brasil) eu não pude escrever pois eu viajei pra ver a minha mãe e não acessei a internet. Por causa desta viagem eu passei na casa da minha tia que estava no caminho pra dar um "feliz dia das mães" pra ela e lá acabamos por lembrar da historia que aconteceu com o meu primo quando ele era adolescente...

A minha tia no passado morava numa casa em que o quintal fazia divisa com um barracão de uma velhinha  (barracão no Brasil significa alguns pequenos cômodos que são construídos aproveitando o muro que separa as residências. Geralmente se destina a moradia de alguém economicamente desfavorecido ou o cômodo também serve como depósito). a vizinha que morava neste barracão tinha uma mangueira no seu quintal e costumava ser miserável e deixar as mangas se perderem, mas não cedia nenhuma a quem quer que pedisse.

Um dia, o meu primo esperou a vizinha sair e pensou: "vou pegar essas mangas agora!". Ele subiu no muro e depois em cima do telhado do barracão da senhora vizinha deles. No trajeto ele teve o cuidado de andar lentamente pois o telhado era de amianto (aquelas de coloração cinza bem compridas e que se quebram facilmente) e não queria rachar as telhas... chegou ao pé de manga e com as frutas lindas e maduras que pegou acabou por encher duas sacolas de plástico daquelas cedidas no supermercado.

Ele veio a caminhar pelo telhado novamente sempre com o maior cuidado, porém, como na ida ele estava mais "maneiro" não imaginou que as sacolas pudessem contribuir para aumentar consideravelmente o seu peso. Ele andou com tanto cuidado na "volta" quanto na "ida" porém "o destino não se apiedou de sua pobre alma" e num momento crucial o telhado foi-se abaixo com o meu primo e as sacolas de mangas...

Ele estava tonto por causa da queda e demorou a perceber que tinha caído bem no meio de uma das salas da referida senhora e o pior de tudo é que ela, naquele momento, estava a receber visitas... Caro leitor, visualise a cena: ele, todo "ralado" por causa da queda com duas sacolas nas mãos, fora as mangas que se espalharam pra todos os lados, sendo encarado com aspecto de espanto por pelo menos umas dez pessoas que no mínimo estavam a imaginar que ele era um louco psicopata...

Se a velhota estivesse sozinha ela teria um "infarto do coração" (expressão usada por um amigo meu e que particularmente acho hilária) ou teria também chamado a polícia para levar o "doidinho assediador de velhotas e mangas"... o pior foi ele explicar o inexplicável e justificar o injustificável. Como se pode narrar aos expectadores da sua infeliz queda sobre a triste história que o levou até ali?

Ele todo sem graça, querendo enfiar a cara no primeiro buraco que visse, se limitou a pedir desculpas sobre o ocorrido "dando uma de João sem braço"... Saiu dali o mais rápido possível e quando a minha tia chegou em casa, ele teve que contar onde arrumou as muitas escoriações.

Por causa de algumas mangas madurinhas e suculentas (que ele nem conseguiu levar porque ficou com tanta vergonha que deixou lá mesmo no assoalho da sala de visitas) ele teve que ir ao pronto socorro pra dar alguns "pontinhos" em sua carne e com certeza ele no outro dia  acordou e  não pôde dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!".

2 comentários:

  1. Assediador de velhinhas? sei...
    kkkkkkkkkkk

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  2. nunca mais vou falar que as melhores mangas estao nos lugares mais difíceis de pegar.

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