segunda-feira, 23 de maio de 2011

O encontro de Adolfo



O meu amigo se mudou pra uma chácara (quinta em Portugal) em que nas palavras dele é possuidora de uma vizinhança pra lá de barulhenta. Sim! São, segundo o mesmo, o povo mais "alegre" que ele já viu. A festa nunca acaba... É dia e noite no som, cerveja e churrasco! Alguém "solta um pum" e já querem comprar uma caixa de cerveja pra comemorar!... Mas o mais engracado foi ele dizer que se a Polícia Federal "baixar" lá leva a rua inteira!... A história de hoje é sobre esse tipo de  pessoa que adora som, cerveja e churrasco...

Quando eu estudava economia na PUC, eu tinha um amigo que vamos chamar de Adolfo (para preservar a identidade do protagonista) que adorava um barzinho, sempre que "matava" a aula ele ia em um "buteco" que havia na frente da faculdade de economia. Foi numa dessas idas que ele conheceu uma moça muito simpática que chamarei de Luzia (também para resguardar a identidade da envolvida). Ela era realmente uma bela moça e o meu amigo Adolfo acabou se interessando por ela e ela por ele.

Um dia ela chamou ele pra sair, quando ele chegou para pegá-la, a mesma estava, segundo ele, um espetáculo: saia curta com lindas pernas, uma blusa tomara que caia e uma sandália de saltos altos. Quando ela adentrou o carro perguntou se antes de chegar ao bar pra "tomar umas" ele poderia passar na casa de uns amigos dela pra dar-lhes uma "carona" até o bar onde eles iam. O Adolfo dissse que sim e lá se foram eles pra o local da moradia do pessoal (pra quem conhece Goiânia, ele, Adolfo, morava no Setor Oeste, a Luzia morava no Setor Universitário e o pessoal em Aparecida de Goiânia, ou seja, longe pra "dedeu"...).

O Adolfo, meio sem graça, mas pra não desagradar a moça no primeiro dia de saída, acabou por buscar o pessoal mesmo sendo longe, pois queria evitar uma primeira má impressão, ainda mais que, segundo ele ela era bonita demais. Eles estavam num golzinho desses "quadrados", aqueles antigos e quando lá chegaram (na casa do pessoal) estavam a esperar a carona pelo menos umas 7 pessoas, ou seja, apesar de serem muitas pessoas pra carregar num golzinho, o meu amigo Adolfo acabou tendo que levar pois ele não estava afim de fazer 2 viagens pra pegar o restante.

Chegando ao barzinho em questão começaram com a bebedeira, desce uma, desce duas, desce três... Quando deu lá pelas 5 da manhã, quando eles já haviam bebido todas, a menina falou que eram pra ir embora e lá se foram eles (todo mundo no carro de novo e ele a levar todos em casa...

Quando chegaram na porta da casa da moça, ele logo foi se insinuando pois, segundo o mesmo, queria ganhar alguma recompensa pelo "favor" que havia feito. A Luzia disse que tinha que subir, mas ele (cheio de "cerveja, churrasco e som") não aceitava um NÃO como resposta, ele insistia e ela dizia que sentia muito mas tinha que subir o mais rápido possível. Ela alegava que não queria beijá-lo pois dizia que era muito cedo ainda e precisavam se conhecer melhor e tinha que subir rápido pois o pai a esperava e nao podia se atrasar.

O Adolfo, já meio "enraivado" com a situação de não ganhar o beijo segurou-a pelo braço e disse: "Eu levei e busquei os teus amigos, mereço ao menos um beijinho". Quando ele proferiu estas palavras escutou um sonzinho estranho e um cheiro pior ainda... A moça havia se cagado toda no banco do carro dele! Ela estava com o intestino ruim, por isso precisava subir desesperadamente pra ir ao banheiro (casa de banho em Portugal).

A moça quase morreu de vergonha pois agora estava constrangida até de sair do carro e passar pela portaria e subir pelo elevador até o seu apartamento. E agora? como ela ia fazer? Começou a chorar desesperadamente e a solução foi o meu amigo Adolfo tirar a própria camisa pra ela se enrolar e tapar a mancha marrom que havia em seu bumbum.

O meu amigo Adolfo alega que nunca mais ligou para a Luzia e nem quiz buscar a camisa de volta. A Luzia também nunca mais deu notícias. O Adolfo teve que mandar o carro pra lavar o banco e foi uma novela ele ter que explicar para o lavador que segundo ele riu até perder o fôlego quando ele contou o motivo da lavagem. Pode-se daí tirar uma lição valiosa: nunca segure alguém que está com pressa pois você pode estar a dificultar a ação desesperada de alguém tentar chegar ao banheiro antes de maiores constrangimentos. 

Caro leitor, de uma coisa não teremos dúvidas, ninguém saiu ganhado nessa história, pois a moça nunca mais pode ir ao barzinho em frente à PUC pois ficou com medo de arrumar apelido de "Maria Cagona". O meu amigo Adolfo teve que desembolsar um dinheiro considerável para limpar a sujeira deixada pela Luzia no carro super limpo dele. Com certeza ninguém (a não ser o pessoal que ganhou a carona de graça) pôde acordar no outro dia e dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!".

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