terça-feira, 17 de maio de 2011

Sempre avise antes de ir



Ontem eu estava na faculdade e uma das alunas me ofereceu uns conjuntinhos de roupa íntima. Pensei nas oportunidades que alguém tem pra trabalhar (se quizer) e fazer de tudo. A menina é "mil e uma utilidades". Vende bombom, balinha, pirulitos, sandálias... enfim, de tudo um pouco... Mas a história de hoje não é sobre ela e sim sobre umas pessoas que ela me lembrou quando me ofereceu as calcinhas vermelhas...

Dois "ocorridos" da minha vida me deixaram constrangida por causa de roupa íntima. Bom, o primeiro foi quando eu fui visitar uma amiga na minha cidade natal. Cheguei na casa dela exatamente ao meio dia na quarta-feira, horário de almoço, e comecei a bater no portão (lá nao tinha campainha na época). Eu sabia que ela estava lá pois havia me falado que sempre estava lá na hora do alomoço. Como ela não atendia, achei que eu estava batendo baixo e comecei a "esgüelar" a plenos pulmões: "Fulanaaaaa!!!... Eu to aqui na portaaaaaaa!!!!.... Vem me atenderrrrrrrrrr!!!....

De repende (de repente nada, isso foi depois de uns 5 minutinhos) eu ouço uns passos caminhando na direção do portão e a vozinha dela do outro lado: "Bia é você?...". Eu afirmei e então ela abriu o portão... Caro leitor, a mulher tava de colant de oncinha  e um pompom preto... Ela olhou pra mim e disse: "Eu tô meio ocupada agora, voce pode voltar depois?...". Eu mais que depressa "vazei" dali e agora só vou se ligar antes!...

O outro caso que me deixou extremamente constrangida foi um dia que acompanhei um amigo numa consultoria aqui em Goiânia mesmo. A cliente dele queria abrir um negócio e precisava de uma pesquisa de mercado. Ele disse que eu poderia fazer o serviço e me convidou pra conhecer a cliente dele. Ele passou na minha casa e disse que ia me levar no mesmo carro porque era caminho mesmo.

Chegamos ao prédio dela e ele se apresentou dizendo que queria ver a Senhora "Fulana de Tal". Já eram mais ou menos 21:00h... Subimos no elevador e ele já todo animado dizendo que ela ia investir muito dinheiro no projeto que ele estava desenvolvendo e que pela primeira vez ele estava se sentindo valorizado realmente como profissional... Até que enfim ele era respeitado!...

Chegamos ao andar me questão e adentramos ao hall. Chegamos a frente da porta de entrada e ele apertou a campainha... Caro leitor, a porta de repente se abriu com a mulher (que respeitava o meu amigo como profissinal gabaritado) só de calcinha e salto alto dizendo: "Tava te esperando meu docinho!..."... 

O meu amigo, super sem graça (não mais do que eu obviamente) se limitou a dizer: "Dona Fulana, espero que a senhora não se importe, mas eu trouxe a minha amiga Beatriz, que faz as pesquisas de mercado que lhe falei, pra fazer o orçamento."

Eu nunca mais vou esquecer a cena, Espero todos os dias que ela se apague da minha memória, mas foi muito "traumatizante". 

Caríssimo leitor, o meu amigo acabou por terminar o serviço pra senhora respeitadora (pra sorte dele), mas não passou a ser um profissional respeitado como ele tanto sonhara. Agora ele sempre avisa antes de ir visitar qualquer pessoa e eu também... A senhora da história, apesar de parecer nao ter dinheiro pra comprar muita roupa, tinha muito... tinha de sobra! E na verdade ela sempre teve o bastante pra investir no projeto do meu amigo e de qualquer outro rapazinho "boa pinta" que tivesse um "projeto" pra apresentar. No outro dia, com calcinha, ou sem ela, a senhora acordaria e diria sem sombra de dúvida: "Hoje eu estou mais rica que ontem!

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