terça-feira, 3 de maio de 2011

Amigos, amigos... refeições a parte!



Antes da história de hoje quero agradecer 5 amigos meus: Patrícia, Adriana , Diego, Washington e Lethícia pois quando vou em suas casas fazer-lhes visitas me sinto uma rainha pois sou muitíssimo bem tratada. Sempre que vou a casa de algum deles sou tão bem tratada que fico com medo de não tratá-los a altura quando eles vem a minha casa. A comida da Paty é uma delícia, a mãe da Adriana (Dona Joana) cozinha que é uma beleza e o Diego não sabe cozinhar, mas oferece tudo que esta na casa dele na tentativa de te agradar... O Washington e a Lê moram em outros países hoje, mas quando moravam no Brasil... hummm...sem palavras!

A historia de hoje é sobre uma amiga minha e eu que nos metemos em uma confusão por causa de um lanche na casa de uma outro amigo nosso. Essa historia aconteceu há uns 10 anos.

Bom, tenho uma amiga que preza sempre pela boa educação. Quando você comparece a casa dela, ela sempre te deixa a vontade, serve tudo que tem na geladeira e não fica com aquele negócio de "voce aceita isso?"... ela ja prepara tudo e te faz sentar na mesa pra comer... um dia nós fomos a casa de um amigo nosso que prefiro não dizer o nome, mas creio que se ele ler aqui vai saber que e ele de cara! E tomara que saiba mesmo e fique com vergonha do papelão que fez conosco!

Nós duas estavamos a passear proximas a casa dele e resolvemos passar por lá para ver como ele estava. Como prezamos pela boa educação, ligamos primeiro para perguntar se poderíamos ser recebidas por ele e ele mais que depressa disse que sim pois era apaixonado na minha amiga. Chegamos na portaria (era apartamento) e pedimos ao porteiro que nos anunciasse. Essa minha amiga era muitíssimo amiga dele e sempre que ele ia na casa dela almoçava, lanchava... ela nunca deixa ele sair de lá de barriga vazia, assim como não deixa ninguém pois é deveras educada.

Quando subimos, logo ele abriu a porta e comecou a conversar conosco ali mesmo (minha amiga e eu em pé, na porta da entrada) e não nos chamava pra entrar de jeito nenhum. Começamos achar estranho e eu já estava a querer ir-me embora, porém minha amiga achou um desaforo da parte dele dizer que podíamos ir e nos tratar daquela maneira, pois nós o tratavamos muitissimo bem em nossas casas, então logo disse: "ainda bem que o seu sofá é confortável, to foida pra sentar"... e foi entrando e sentando.

Quando ele sentou junto a nós ela ficava falando do calor que estava a sentir. Até eu fiquei constrangida pois o cara não oferecia nem uma água pra ela (pensam voces que na casa onde ele mora não tem mulher e por isso ele era atrapalhado? Engana-se! Aquilo era coisa de gente mal educada, ou pior mesquinha...). Ele trouxe a água e comecamos a conversar. Ele pediu-nos licenca pra sair e foi ate um dos quartos do apartamento.

A minha amiga que tinha "ouvido apurado" escutou um cochicho e ficou com a pulga atrás da orelha. Ela na mesma hora levantou e só gritou de onde estava que iria usar o banheiro e abriu a porta do corredor. Ela nao acreditou no que viu quando abriu a porta e eu não acreditaria tambem no que ela tinha visto se eu não tivesse visto tambem...: no corredor estavam a família dele (mãe, irmao, irmã...) comendo um monte de quitandas (pão, roscas, biscoitos) com uma garrafa de café na mão e outra de leite olhando super sem graca pra minha amiga.

Obviamente, eles não queriam dividir o lanche conosco. A minha amiga começou a dar o maior "piti" (e com toda a razão) pelo que estava a acontecer. O cara vai sempre na casa dela, é sempre muito bem tratado não tem hora para ir embora e faz essa conosco? Almoca lá, lancha, sempre toma um cafezinho e quando chegamos a casa dele ele fica a "mesquinhar" comida?

Nunca mais voltei lá e espero não ter que voltar mais... a minha amiga caruda voltou e disse que fez com que eles servissem até almoço pra ela lá. Ela me disse uma coisa que eu nunca esqueci: "Se uma pessoa nunca te convida pra nada na casa dela, como um almoco, lanche ou afins e vive a comer isso na sua casa, muito provavelmente existem duas explicações: ou ela é grossa ou é mesquinha..."

Eu não teria coragem de almocar lá depois do piti, vai que eles cuspissem na comida dela (isso me fez lembrar da historia de um certo rondelli... mas isso é outra historia... rs...). Bom, o certo é que eles acabaram servindo ela com um almoço bom, pois o cara como estava apaixonado acabou querendo se redimir e pra isso precisava deixar de ter fama de "pão-duro miserável".

Até hoje ela ainda frequenta a casa do rapaz em questão. Será que eles ainda escondem a comida quando alguém vai lá? Bom, o que importa é que eu não fui mais lá e nem pretendo ir. Ficar passando raiva por causa de meia chícara de café e biscoito amanhecido só para dizer no outro dia ao acordar: "hoje eu estou mais rica que ontem"?

2 comentários:

  1. Adorei este texto e dei a maior força para ser escrito, pois acredito na intensidade da palavra reciprocidade e creio que o mundo será muito melhor se as pessoas as usassem em suas atitudes para saberem se estão sendo justas.

    Parabéns pelo texto.

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  2. Bia, ao ler o seu texto na hora veio-me à cabeça uma amiga de longa data que fazia como o tal sujeito. Fui criada como sua amiga, de tratar o visitante com a maior atenção possível.Mas essa minha amiga é f..., só serve água se pedir.
    E eu sempre me indagava: seria ela mal educada ou era mesquinha com comida? Só sei que todas às vezes que eu ia à casa dela eu saía indignada.hehehe

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