quarta-feira, 25 de maio de 2011

Os cigarros do Juarez



Feriadão em Goiânia ontem... Friozinho chegando... Pareceu dia de domingo! Enfim, vamos deixar os "entretanto" e irmos logo aos  "finalmente" pois ninguém que acessa esse blog está a acessá-lo pra saber da minha vida (ou está?). Creio que o pessoal está querendo mesmo é saber das histórias muito malucas que aqui são narradas.

Hoje eu contarei a história de um conhecido muito "sem noção", que vou chamar de Juarez, que vendia cigarro na rodoviária de Goiânia. Na verdade ele nao tinha banca, vendia os cigarros (made in Paraguai) numa caixinha mesmo que carregava daqui pra ali. Passava um cidadão ele perguntava se queria comprar e tal... Sendo assim ia fazendo suas vendinhas e arrecadando um dinheirinho para financiar, como ele mesmo diz, o "leitinho" das crianças (o danadinho tem 6 filhos).

Um dia um velhote se aproximou de Juarez, vendo-o com a caixa de cigarros, e perguntou quanto ele fazia pela caixa inteira. O Juarez já se enchendo de esperanças de vender todos os cigarros de uma vez só, disse um precinho "camarada" e perguntou se realmente ele estava querendo comprar tudo. O velhote confirmou a negociação e perguntou se ele nao tinha mais cigarros para vender pois ele iria fazer uma viagem a noite e queria levar o máximo possível pois para onde ele viajaria não era fácil comprar cigarros, entao ele compraria no atacado.

O meu amigo logo se empolgou com a possiblidade de se livrar da mercadoria que tinha dentro de casa e ofereceu o restante do estoque para o velhote que logo confirmou a possibilidade da venda de todos os cigarros. Só que o velhote não podia espera-lo na rodoviária e indicou ao Juarez o hotel (diga-se de passagem, muitíssimo luxuoso) que estava a ficar próximo a rodoviária e pediu que ele fizesse a entrega lá mesmo.

O Juarez foi buscar o restante da mercadoria para entregar no local combinado. Sua casa era bem próxima da rodoviária e ele poderia fazer o trajeto facilmente andando mesmo e voltar em poucos minutos. Buscou tudo e se dirigiu ao hotel onde estava o velhote para fazer a entrega e pegar o "dindim".

O recepcionista passou o interfone para o Juarez e disse que o senhor em questão queria falar com ele. Ele atendeu e o velhote disse que não era pra ele contar pra ninguém que estava a levar os cigarros para ele e que subisse discretamente pois não poderiam fazer negócio daquele tipo num hotel de luxo daqueles.

O Juarez , meio sem jeito concordou, pois como ele mesmo disse, o "leitinho das crianças" estava em jogo. Enfim, subiu e quando o velhote abriu a porta ele já entrou a correr pra ninguém  ver que ele levava aquela sacola cheia de cigarro contrabandeado.

O velhote estava tomando uma cerveja (de marca boa) e logo ofereceu uma ao Juarez que já foi pensando: "já que estou aqui mesmo vou aproveitar esse serviço de quarto bacana". O velhote perguntou sobre a vida dele e assim foi indo... o velhote perguntando da vida dele, ele bebendo... o velhote perguntarndo... ele bebendo... Depois de umas 8 latinhas aí passaram pra wisk e o negócio começou a ficar estranho.

O Juarez já vendo o "tardar" da hora perguntou se ele ia comprar mesmo pois ele tinha que ir embora. o velhote disse que sim e já foi logo tirando um monte de notas de 100 de dentro da carteira. quando ele ia passar o dinheiro pra o meu amigo ele perguntou se ele nao queria ganhar uma gorjeta de R$300,00. O Juarez já pensou na hora que o velhote era homossexual e já foi logo dizendo que gostava de mulher e que era casado e que tinha 6 filhos...

Caro leitor, pensas que o velhote desistiu? Virou-se para o Juarez e disse: "E se eu oferecer R$400,00?" e o Juarez: "não!"... e o velhote: "se for R$500,00?" e o Juarez:  "Não senhor! Eu sou muito homem!"... E o velhote: "Dou R$1.000,00 e não falamos mais nisso!"...

O juarez pensou... pensou... (dinheiro tava curto ultimamente... muita gente pra sustentar...) e disse: "Me paga primeiro!". Entao o velhote tirou 250 do bolso e pagou os cigarros, mas disse que o outro favor só pagaria depois do procedimento executado. Segundo o Juarez, ele pediu pra o velhote tomar um banho e enquanto isso ele escafedeu-se dali. Eu nao sei se acredito nisso. E você, caro leitor?

De uma coisa eu tenho certeza, o Paulo que tabalhava com o Juarez disse que ele fez uma "comprona"  de supermercado no outro dia. O "leitinho" das crianças não faltou durante um tempão... Mas o juarez jura que foi só o dindim do cigarro. E que de agora em diante nunca mais entrega cigarro em hotel. O velhote eu não sei, mas o Juarez, segundo o Paulo, acordou no outro dia e disse com a boca bem cheia: "Hoje eu estou mais rico que ontem!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por comentar em nosso Blog...