quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A nova secretária do Júlio



Amigos, boa tarde! Quero me desculpar por não escrever há tempos, mas estou a trabalhar muitíssimo e me encontro deveras atarefada... Porém, neste momento, encontro-me um pouco mais aliviada da labuta e resolvi escrever...Hoje contarei a história de dois amigos que viajaram para uma cidadezinha do interior de Goiás...

Eu tenho dois amigos (que chamarei de Luiz e Roberto) que faziam prestação de serviços para um escritório em Goiânia. Esta mesma prestação de serviços consistia em viajar para auxiliar e orientar alguns escritórios no interior do estado (no caso Goiás). Um dia eles viajaram para uma cidadezinha muito pacata a qual um grande amigo deles (que vou chamar de Júlio) tinha um escritório.

Quando eles chegaram no escritório foram apresentados a nova secretária do Júlio (que vou chamar de Maressa) que era uma mocinha de uns 18 anos. E o Luiz foi logo se "engraçando" pra menina a dizer que ela era muito bonitinha e que ia se mudar pra o interior só pra ter uma secretária assim.

O dia passou e quando o expediente chegou ao fim (lá pelas 18 horas) o Júlio convidou Luiz e Roberto para beberem uma cervejinha na praça central da cidade (prática essa muito corriqueira nas cidades do interior, que por serem pequenas e pouco populosas ocorria que todas as pessoas que lá moravam tinham esse hábito).

Quando Júlio, Luiz e Roberto estavam a beber numa mesa colocada estrategicamente num dos lados da praça, chegaram mais alguns amigos para beber com eles e todos começaram a conversar sobre vários assuntos e a contar as novidades que até o momento sabiam.

Depois de uns 30 minutinhos, eis que do outro lado da rua a descer pela calçada (passeio em Portugal) via-se a nova secretária do Júlio (sim caro leitor... a mocinha de 18 anos...) de banho tomado, cabelo lavado, roupinha bonita e passada, ou seja, toda arrumadinha caminhando apressadamente para algum compromisso importantíssimo.

O Luiz, já todo "empolgadinho" a fitar a mocinha logo se apressou em chamar a atenção dela para si a dizer: "Maressa minha linda, onde estas a ir? Eu quero ir contigo!... Diga-me onde vais e eu irei contigo!... 

Maressa, ao ouvir a proposta de Luiz, logo retrucou: "Eu gostaria, mas onde vou não tem jeito de levar voce!". O Luiz, ao ver a resposta, não se deixou abater e respondeu: "Mas eu quero ir com voce... eu paro de beber com esse pessoal aqui e vou contigo!... Me leva!!!..."

A menina ao ver novamente a resposta apenas disse: "Sinto muito Luiz, mas eu vou a igreja e não tem como levar você...". Luiz, mesmo diante da resposta negativa insistiu mais uma vez: "Por favor meu benzinho... me leve contigo... prefiro a tua pessoa a estes homens aqui...".

Maressa, ao ver que o Luiz realmente iria com ela, disse com a sinceridade de seus 18 aninhos: "Seu Luiz, eu gostaria de levar o senhor, mas lá é só para jovens!"...

Caríssimo leitor, imaginem a cara do Luiz... imaginem a cara dos amigos do Luiz... Imaginem a minha cara quando me contaram esta historia... Eu nem consegui escrever direito pois não paro de rir do meu amigo Luiz...

Enfim, pra dizer a verdade, do ponto de vista financeiro, todo mundo ali teve um dia produtivo, mas o Luiz realmente fechou o dia com chave de ouro... Levando-se em conta que ele percebeu que não é mais nenhum garotinho cogito perguntar a ele se no outro dia ele acordou e pôde dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!". 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Um dia no trabalho de Rita



Amigos, sei que andei sumida, porém o motivo foi realmente inevitável... Agradeço os e-mails que recebi perguntando se eu havia falecido (foi hilário). Informo, com muito carinho, que fiquei deveras comovida comovida com a preocupação dirigida ao meu sumiço (creio que por pouco alguém coloca um aviso televisivo de "procura-se" referente a minha pessoa)... Mas vamos ao que interessa, ou seja, mais uma história para guardarem em suas memórias e quem sabe um dia contarem aos seus netos...

Ontem, ao falar com uma amiga, ela me narrou alguns fatos não muito agradáveis que me fizeram recordar o quanto trabalhar na prefeitura se tornou "adrenalinático" (se é que essa palavra existe... kkk...)...

Minha amiga (que chamarei de Rita), como de costume, acordou naquele dia, pegou o seu carro e foi para o trabalho (no caso a prefeitura). Atravessou a cidade (como todo mundo que trabalha na prefeitura tem que fazer) chegou ao estacionamento do prédio em questão, estacionou o seu carro calmamente e dirigiu-se ao bloco em que trabalhava.

Rita, por achar mais fácil, pois trabalha no primeiro andar, subiu pelas escadas para poupar-se tempo. Mal terminou de subir as escadas e adentrar a sua sala ouviu disparos de uma arma de fogo nas imediações... Repentinamente apareceu um outro funcionário público amigo dela a correr e a gritar: "Corram!!!... É bala!!!... É tiro!!!... Nós vamos morrer!!!...".

Ela, obviamente assustada e com um "puta medo de morrer" (palavras dela) correu para o banheiro feminino a esconder-se. Só que no momento da corrida haviam mais 4 homens na sala dela e também o funcionário que estava a gritar que correram juntamente com Rita para o referido banheiro.

Ela não pode deixar de salientar que os 5 homens que a acompanhavam eram afamadamente muito corajosos, mas no "rajar" das balas, não se sabe o por quê, se absteram de toda a macheza que da fama se gabavam.

Quando todo mundo entrou, trancaram a porta e cada um se escondeu nas sanitas individuais que se separavam com uma frágil porta selada apenas por uma "tramela" (há tempos não ouvia esta palavra que só ouço quando tenho contato com algumas seletas pessoas do interior do estado). Essa mesma "tramela" que se tornou então responsável por salvaguardar estas 6 pessoas com um "puta medo de morrer" do atirador destemido daquele momento.

Esperaram ali durante umas 2 horas, até que ouviram uma voz a dizer que estava tudo bem. Saíram então do banheiro feminino, Rita e os 5 homens (que estavam a "se cagarem") e souberam o motivo do tiroteio...

Alguns ladroes roubaram uma camionete (já disse em outro poste que estão corretas as duas formas: camionete e camioneta) e com medo dela estar com um dispositivo que indicava ao dono o exato local onde se encontrava, deixaram-na no estacionamento da prefeitura para verem se ela tinha o dispositivo ou não.

Como alguns dias depois eles (os ladrões) retornaram ao local e viram que o automóvel ainda se encontrava lá, decidiram levá-lo então certamente para o "desmanche". Para azar dos ladrões, a policia (bem mais esperta que eles) já supondo o procedimento que eles (os ladrões) seguiriam já ficaram "de butuca" (campana) nas imediações para pegá-los com a "boca na botija".

Quando os ladrões entraram no automóvel para levá-lo a policia apareceu e começou a persegui-los com as viaturas. Acionaram o dispositivo que cortava a ida de gasolina para o motor da camionete e como o veículo parou, os ladrões saíram do automóvel e fugiram à pé para um dos blocos da prefeitura (no caso o que Rita trabalhava), os ladrões começaram a atirar prontamente respondidos  pela polícia devidamente apoiada pela guarda municipal.

Resumindo... Os bandidos se entregaram e tudo acabou bem... a não ser pelas calças borradas do homens "machíssimos" que estava com a Rita no banheiro feminino...

Caros leitores, a história não acabou... Esse ocorrido, como podes ver, sucedeu-se na manhã daquele dia, porém na tarde ocorreria outro.

Após o intervalo do almoço, Rita estava a caminhar pelo corredor e foi surpreendida por uma briga entre os pedreiros que estavam a descansar antes de começar a labuta no turno da tarde... Um dos Pedreiro (que vou chamar de Pedro)  conhecido por seu tamanho e força (1,90 m só de músculos! Sem "banha" como alguns que conheço!...) estava a querer dar uns "supapos" em outro pedreiro seu amigo (que vou chamar de Leonir) pois ele estava a dizer-lhe desaforos e o Pedro não gostou nenhum pouco do ocorrido.

A questão é que Pedro havia comido a marmita do Leonir, pois este pensou que ela havia sobrado por lá. Leonir havia chegado atrasado e por isso todos pensaram que a marmita dele era sobra. O Pedro então botou a "quentinha" pra dentro e ficou "tranquilão".

Quando Leonir chegou e viu a marmita havia sumido foi ter com o responsável para pedir-lhe satisfações e o mesmo informou que o pedro havia "traçado" a "quentinha".

Leonir, obviamente "puto da vida" começou a denegrir a pessoa de Pedro em alto e bom som. Pedro, ao passar pelo local, foi informado que estava a ser difamado pelo colega e logo pegou uma chave de fenda e partiu pra cima de Leonir a dizer: "Cabra safado!!!... Vou te enfiar essa chave de fenda nos fundilhos!!!...".

Voltando ao momento que Rita passava pelo corredor e ouvia os gritos, foi então surpreendida pelos pedreiros a brigar e o Leonir (covardão borra-botas que era) usou-a como escudo humano para que Pedro não lhe metesse a chave de fenda no meio daquele lugarzinho que como a Rita diz "nunca pega sol"...

Rita, já carregada com o estresse do fato ocorrido pela manhã (no caso o tiroteio) já começou a tentar dialogar com Pedro na tentativa de salvar-se de levar uns "tabefes" por "tabela" na hora em que Pedro resolvesse partir com a chave de fenda pra cima do Leonir...

Depois de muita conversa ela disse: "Pedro meu amigo, você é um homem sabido, inteligente, concursado (concursado foi a melhor na minha opinião). Não denigra a sua imagem por causa de gente inferior. Além do mais, você e todo mundo que trabalha aqui sabe que você pode acabar com a raça desse cagão do Leonir na hora que você quizer...".

Bem, pode-se concluir que o Pedro, ao ver as sábias palavras de Rita, acabou a ir-se embora trabalhar pois saiu dali com o ego inflado e se sentindo a "última bolacha do pacote". O Leonir, ao contrário, ficou "puto" com Rita por ela ter inferiorizado ele daquela forma, e "apelou" com ela e fez ate "beicinho"... Só faltou bater as mãos na bochecha e cantar "belém belém".

Rita, com a cara mais feia do mundo, ficou brava com o Leonir e disse que ele tinha era que agradecer porque ele não apanhou porque ela era uma mulher "sabida".

Caro leitor, creio que naquele dia ninguém saiu ganhando (inclusive o Leonir que não ganhou "tabefe" algum). Os ladrões foram presos, o Leonir ficou sem marmita, o Pedro quase fica sem a chave de fenda (no caso se ele tivesse sucesso na tentativa de enfiá-la nos "fundilhos" do Leonir), os "machos afamados" do bloco acabaram "borrados" e minha amiga Rita, além de passar um "puta medo de morrer" ainda gastou "dindim" pra comprar um analgésico para a "puta dor de cabeça" que ela arrumou naquele dia... Parece que ninguém no outro dia, ao acordar pôde dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!...".