quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Os amantes de Silvinha



Caros leitores, hoje contarei a historia de um amigo que morava numa cidadezinha do interior, próxima da cidadezinha do interior onde eu nasci... Evito, como bem sabem, divulgar nomes, pois podem identificar os protagonistas da historia caso eu dê muitos detalhes...

Voltando ao meu amigo (que vou chamar de Floriano) que adorava novas experiências, o mesmo tinha uma característica incomum: era atraído imensamente por mulheres muito mais maduras que ele. Lembro-me bem dele comentar que quando tinha 14 anos, sempre ficava a olhar as amigas da mãe dele que visitavam-na sempre e que sentia-se atraído por elas, que as achava lindas.

Enfim, esse mesmo amigo tinha um vizinho que era casado com uma mulher madura (cerca de uns 20 anos mais velha que ele que vou chamar de Sílvia) e ele, com o passar do tempo, começou a ter um caso com ela. Obviamente o caso era segredo e o marido (que vou chamar de Cornélius), como sempre, era o último a saber. O Floriano me contou que sempre esperava o marido sair de casa e pulava o muro para a casa da vizinha. Passava horas e horas de amor com ela enquanto o marido estava na fazenda e depois pulava o muro de volta pra casa.



O que era mais engraçado na historia era que Floriano não era o único "sócio" de Cornélius. A danadinha da Silvia cultivava uma "network" bem vasta... Então quando ela ligava para o Floriano, ele sabia que se não pudesse "comparecer"ela logo ligaria para o próximo da sua lista (muito longa, diga-se de passagem)... Um dia ele ficou a saber que outro vizinho (que vou chamar de Nelsinho) que era casado com uma moca amiga de Floriano também tinha caso com a Silvia. O Nelsinho entao era outro "pe-de-pano"que andava a passear pelos doces caminhos apresentados por Sílvia.

Com o passar do tempo, Floriano cresceu, comprou um carro e obviamente não estava mais com idade, nem "saco" pra ficar pulando muro... até porque ele já estava a trabalhar e era justamente no horário comercial que a Silvia tinha liberdade em casa pra receber "visitas". Então o procedimento com a Silvia mudou para a seguinte forma: o Floriano ligava pra ela apos o trabalho e ela ia para a esquina onde ela a pegava e iam para um lugar onde pudessem "matar as saudades". Procedimento este que ela também utilizava com o Nelsinho.

Eis que um dia, Silvia aproveitando-se de um compromisso do marido, resolve ligar para Floriano para ver se ele podia pega-la pois o marido acabara de chegar em casa e iria tomar banho pois tinha um outro compromisso de negócios.

Floriano estava ocupado com assuntos familiares, não me lembro bem do que ele falou que estava a fazer no dia que me contou a historia, mas creio que estava a sair com a mãe. Então Silvia, vendo que Floriano não poderia pega-la, acabou por chamar outra pessoa para dar a "assistência" que ela tanto necessitava... Silvia entao ligou para o Nelsinho e marcou com ele para pega-la na esquina... Nelsinho combinou os últimos detalhes com a Silvia no telefone fixo da casa dela, ligou do celular para a residencia dela e ela disse que esperaria uns 5 minutinhos e sairia pois ela esperaria o marido entrar no chuveiro.

Sílvia, vendo que o marido já entrara no banheiro e já começara a tirar a roupa, disse-lhe que precisava sair e que nao demoraria. (mas ela sabia que o marido, após sair de casa demoraria horas para voltar então dava tempo de sobra dela sair e voltar antes dele chegar em casa. Então ela saiu e foi-se ao encontro de amor.



No momento em que saira pela porta o telefone tocou novamente e Cornélius, que não havia tirado a roupa toda (estava apenas de cueca) atendeu e antes que dissesse qualquer coisa ouviu alguém do outro lado a dizer: "Já estou aqui na esquina te esperando"...

Cornélius, na sua elevada "macheza de macho" se indignou profundamente com a mais sutil desconfiança de que estava a ser corneado debaixo das suas "fussas" e apenas de cuecas pegou uma barra de ferro que estava no meio da bagunça de sua casa e foi-se até a esquina verificar o ocorrido.

Chegando la, abriu a porta do carro (que estava estacionado no escuro) e pegou Silvia que acabara de entrar no carro e nem ao menos havia conversado com o amante pra saber do "mole" que ele tinha dado ao ligar novamente. Começou a quebrar o carro com barra de ferro e depois ainda deu uma "amaciada" na carne da Sílvia e do Nelsinho... Que além de apanhar ainda saiu com o carro completamente "detonado"... Toda a vizinhança viu a quebradeira no local e todos ficaram a saber do caso extraconjugal do Nelsinho e da Sílvia... E o Floriano tratou de entrar para a segurança do lar dele e nem foi lá fora ver no que ia dar pois ele tinha medo que pusessem o nome dele na historia também...

O mais engraçado de tudo foi quando o meu amigo me contou essa história e repetia no meu ouvido ao telefone: "Beatriz, podia ter sido eu!!!"

Bom, no outro dia já se sabe não é mesmo?... A Silvia foi pra o hospital, o Cornelius passou a noite na cadeia e o Nelsinho acabou com o carrão na oficina...Mas creio eu que o Floriano ainda teve sorte pois ele se safou de um encontro pra lá de "adrenalinático" e pelo menos não apanhou... Acho que ele foi o único que acordou no outro dia e pôde dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!!!..."

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O amigo de Janildo



Esses dias fui a casa de uma grande amiga minha fazer uma visitinha e o pai dela estava la e enquanto ela se arrumava para sairmos o pai da minha amiga (que vou chamar de Seu João) perguntou-me se eu entendia de Leis Trabalhistas pois tinha ocorrido um “causo” na propriedade rural que ele possuía e ele estava a querer demitir o funcionário.

Falei para o Seu João que não era nenhuma especialista, mas como tenho uma pessoa na minha família que julga essas coisas, eu poderia perguntar para ela se cabia ou não demissão por justa causa. Ele então começou a narrar-me os fatos, a contar-me uma historia que a medida que era narrada revelava-se uma historia cada vez mais cheia de mentiras e descobertas terríveis.

O Seu João tinha um peão na sua fazenda (que vou chamar de Janildo) que era sempre motivo de satisfação pois era sempre responsável com sua função, homem trabalhador, dedicado e muito respeitador. O Janildo era casado com uma anãzinha, ela tinha mais ou menos 1,20m de altura, mas o Seu João disse que era “braba” igual a um homem e que nunca levava desaforo pra casa... O Seu João ainda usou a expressão: “anãzinha da canela grossa”. Mas voltando ao Janildo, de uns tempos para cá, esse peão fez amizade com um outro homem (que vou chamar de Osvaldo) e juntos começaram a ter um comportamento suspeito.

O Janildo, que era muito “caseiro”, já não mais em casa ficava... Saia com seu amigo Osvaldo todas as noites e chegava em casa já a amanhecer completamente bêbado O Janildo não mais exercia sua função com carinho e dedicação como dantes comumente revelado e agora sim de maneira desleixada e de forma incompetente.

Um dia o Janildo foi falar com o Seu João dizendo que precisava de dinheiro pois tinha um divida que precisava ser paga. O Seu João não dispunha de dinheiro para emprestar já logo a dizer isso a Janildo. Porem Janildo tinha uma proposta: “Seu João, eu tenho aquela égua de raca e minha carroça novinha... O senhor compra ela de mim por um preço mais barato e quando eu tiver o dinheiro o senhor me vende de novo!”

O Seu João, na verdade, não queria comprar égua com carroça nenhuma, pois ele alegava que isso iria “apertá-lo” financeiramente e disse que não poderia ajudar, mas o Janildo insistia em vender para ele e pegar o dinheiro que ele tanto precisava... Essa insistência durou dias e o Seu João começou a desconfiar dessa “precisanca” de dinheiro do Janildo.

Um dia então, vendo que o Seu João não iria comprar a égua com a carroça, ele acabou vendendo para um vizinho e tempos depois ainda fez o Seu João ir la com ele comprar a égua e a carroça de volta pois dizendo ele a égua era de raca e a carroça novinha e de boa qualidade...

Enfim, caro leitor, a “precisanca” de dinheiro do Janildo não acabou. Ele sempre tentava pegar dinheiro adiantado com o Seu João e sempre pedia a ele um empréstimo sempre frustadamente pois o Seu João já desconfiadíssimo do comportamento suspeito do Janildo, nada lhe emprestava.

Um dia, fizeram uma festa na casa de Janildo, ou seja, na propriedade rural do Seu João Era um almoço e toda a família do Janildo e de sua esposa estavam presentes, mas la figurava uma outra pessoa que realmente intrigava a todos: o amigo de Janildo, Osvaldo. Ele sempre muito achegado ao rapaz, que diga-se de passagem, também achegado a ele, eram inseparáveis..

Ao fim da tarde, a esposa de Janildo assentou-se em um banco de madeira e começou a conversar com o Seu João, logo chegaram Janildo e Osvaldo e este avisou a mulher que iria “apartar” as vacas (expressão utilizada no interior que significa que ele iria recolher os animais e colocá-los no curral). A anãzinha e o Seu João então, ao ver que Janildo ia fazer o seu trabalho acompanhado pelo inseparável amigo Osvaldo, logo já suspeitaram...

Ao passar uns 30 minutos, a esposa de Janildo disse ao Seu João que estava a achar estranho a demora de Janildo, já que as vacas eram mansas e não davam maior trabalho para serem “apartadas”. Ela então disse ao Seu João: “Seu João, eu vou atras de Janildo pra ver o que esta a acontecer”.

O Seu João continuou sentado no banquinho de madeira a admirar o por do sol, quando depois de uns minutinhos vê ao longe o Janildo, todo sujo de barro (provavelmente porque deveria ter rolado no chão cheio de lama) a correr como um louco gritando por socorro. Logo atras estava a anãzinha, com um pedaço de pau nas mãos, correndo atrás dele e a gritar: “Mata!!!... Mata!!!...”.

As pessoas presentes na festa logo correram a socorrer o Janildo de sua esposa “anãzinha da canela grossa que não leva desaforo pra casa”. E perguntaram o que havia acontecido...

Ja sei caro leitor!!!... Estas a achar que o Janildo tinha um caso homossexual com o Osvaldo... Mas engana-se!!!... a mulher dele na verdade flagrou o Janildo em cima de um cupim a “pegar” a pobre eguinha... Depois dessa descoberta o Seu João entendeu o porque da insistência dele vender a égua para o Seu João: o Janildo não queria se separar do objeto de seu “romance extraconjugal”. O Osvaldo, amigo de Janildo, provavelmente também era “sócio” dele na “empreitada”.

Bom, concluindo a historia: O Seu João esta doido pra mandar ele embora, mas não sabe se pode ou não... A anãzinha não largou do Janildo pois tem “uma vida inteira juntos” e não seria um pequeno contratempo desses que iria abalar tao grande amor... O Osvaldo não apareceu mais por la, pois ficou com medo de ser golpeado com um pedaço de pau pela “anãzinha da canela grossa”... O Janildo... Bom ele ficou conhecido pelo apelido de “Cupim” depois desse episodio constrangedor e com certeza todos, principalmente o Janildo, acordaram no outro dia sem poder dizer: Hoje eu estou mais rico que ontem!!!...”