terça-feira, 31 de maio de 2011

O "busão" da noite



Amigos, hoje eu fiquei pensando sobre qual história eu deveria contar e como ontem eu falei com um outro professor amigo meu, resolvi contar essa história da qual ele participa. Inclusive estávamos a lembrar dessa história ontem e como ele me é muito querido (o professor) eu vou contar essa história como forma de homenageá-lo... Na verdade ele vai querer é me trucidar por tornar isso público!... rs...

Quando eu comecei a dar aulas no ensino superior, uma das faculdades que eu lecionava era no interior de Goiás a mais ou menos uns 200 quilômetros de Goiânia. Quando eu estava com preguica de dirigir eu pegava o "busão" pra não precisar me cansar tanto dirigindo durante mais ou menos umas 3 horas pois a estrada era muito ruim.

Eu dava aulas a noite e essas mesmas aulas terminavam às 22:00h. Depois disso, outros dois professores que moravam em Goiânia  e eu também saíamos da Faculdade e nos dirigíamos à rodoviária pois tinha um "busão" que passava à 01:00h. Chamarei os professores de Caio e Leandro.

Um dia esses dois professores e eu estáva-mos na rodoviária dessa cidadezinha e logo apareceu uma mocinha que o professor Leandro paquerava. E, para a sorte dele, ela parece que estava toda empolgadinha lançando olhares para ele.

Quando o "busão" chegou, estava cheio pois ele vinha de outro estado da federação em direção a Goiânia e nós quatro (os professores amigos meus , a mocinha que o Caio paquerava e eu) entramos e procuramos um lugar pra sentar. O professor Caio achou um lugar vago ao lado de um rapaz que estava a dormir e cutucou o rapaz pra ver se ele acordava e passava para o banco da janela (ele estava sentado no do corredor, ou cedia passagem para que ele sentasse no da janela ou mexía-se pra que o professor sentasse no corredor.

Ele cutucou com bastante força e o cara nao acordava... Ele foi ficando nervoso e falando: "Senhor, eu quero sentar!..."... o cara nem dava demonstrações que iria acordar. O Caio falou mais alto: "Como é que é não vai acordar não???..." e o cara nada.

O professor Leandro que sentou no banco de tráz logo deu uma chacoalhada no senhor que estava a dormir e esse se assustou. Quando o cara se levantou pra passar pra o outro banco é que fomos ver que ele estava com uma placa pendurada no pescoço a dizer: "EU SOU SURDO-MUDO". Aí que percebemos que o rapaz não acordava com o barulho porque ele não podia ouvir. Bom, o rapaz passou para o outro banco (da janela) e começou a dormir profundamente. O porfessor Caio se sentou no banco do corredor e o professor Leandro e eu  nos sentamos no banco de trás e continuamos a viagem...

Passou-se mais ou menos uma meia hora, eu estava a tentar dormir, mas tinha dificuldade pois o "busão" chacolhava muitíssimo e toda hora que eu começava a querer cochilar, eu acabava a acordar. O professor que estava comigo (Leandro) sempre me dizia que nunca dormia no "busão" pois não conseguia dormir mal acomodado.

De repente acontece algo que eu relmente não esperava: O surdo-mudo que estava sentado junto ao Caio, começa a se mexer no banco (como se tentasse ficar melhor acomodado) e na maior calma do mundo começou a "peidar" ("flatular" para os mais finos no linguajar). Ele virava pra um lado e "peidava"... Virava para o outro e "peidava"... e fazia isso super alto.

O Caio foi ficando constrangido e comentou conosco que estavamos no banco de trás... O Leandro já estava a rir horrores escutando os "rojões" que o surdo-mudo soltava. O Busão inteiro já estava infectado com a carniça que estava a flutuar e ninguém estava a suportar. Acho que o rapaz surdo-mundo devia ter comido feijão preto com repolho e ovo frito... Só assim pra explicar as flatulências "nucleares" que ele soltava.

O povo do "busão" começou a se incomodar e e de vez em quando ouvía-mos os cochichos de algumas pessoas se perguntando: "Pelo amor de Deus quem está peidando fedido desse jeito??!!..."...  O professor Caio já estava preocupado com a gatinha que ele paquera achar que fosse ele que estava a flatular no 'busão". De repente, o professor Leandro (muito sacana, diga-se de passagem) dá um grito super aldo a dizer: "Professor Caio para de peidar que eu quero dormir!!!..."....

Foi a maior gozação dentro do "busão". Todo mundo gritando pra o Caio parar de peidar... Desde o pessoal da frente até o último banco... Aí, o Caio com a maior vergonha do mundo se defende: "Não sou eu que tô peidando, é o surdo-mudo!..." Foi a maior "rizaiada"... O Caio começou a cutucar o surdo-mudo e como ele não acordava ele acabou trocando de lugar e o rapaz surdo-mudo ficando sozinho...

Sei que ele (o surdo-mudo) ainda demorou um tempão pra acordar e quando acordou não fazia idéia da vergonha que ele tinha passado dormindo... Quando descemos na rodoviária de Goiânia, ainda ouvi um rapazinho apontando pra o surdo-mudo a dizer: "Aquele lá que é o peidorreiro!"...

Caro leitor, sei que tens uma dúvida cruel sobre essa história: "O Caio ainda é amigo do Leandro?" Eu responderei: "Sim ele é!"... Sabe por que? Porque ele  (o Caio) aprontou uma para o Leandro depois disso e eles acabaram por ficar quites, mas isso é uma outra história que ainda vou contar aqui.

Eu fiquei esperta com estes dois "sacanas" (Caio e Leandro) depois das histórias que eles já me contaram e com certeza depois deste epsódio sempre verifico se não estou a sentar ao lado de um surdo-mudo com flatulência. O Caio ficou traumatizado e com vergonha da gatinha que ele estava a paquerar. Nunca mais pegou busão. Com certeza ir no seu próprio carro era menos vergonhoso... Com o preço da "gasosa" do jeito que está, se ele ainda continua com este hábito (de andar de carro e não de busão) com certeza todo dia ele acorda e nunca diz: "Hoje eu estou mais rico que ontem!".

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O noivo de Alessandra



Amigos, eu vou revelar uma coisa: eu vou ter que começar a postar TODOS OS DIAS porque realmente um monte de gente fica me mandando e-mail e deixando mensagem cobrando um post novo. Eu vou começar a postar pois vi que realmente vocês gostaram do Blog e como eu tenho milhões de histórias pra contar eu creio que não faltará assunto. Bom... a história de hoje é sobre uma amiga da faculdade que conheceu um homem num chat pela internet e eles tiveram um relacionamento muito louco e com "desfecho trágico"... rs...

Eu tinha uma amiga que fazia Economia e que sempre gostava de conhecer pessoas pela internet. Um dia ela entrou num chat e começou a falar com um homem muito "bom de papo" e começaram uma amizade virtual. Com o tempo trocaram e-mails e MSN e começaram a se falar todos os dias.

A minha amiga sempre pedia fotos para o referido rapaz, mas ele nunca mandava pois (segundo o homem que ela conheceu) "os que ligam para a aparência são os medíocres". Então ele nunca mandou fotos dele e nunca pediu que ela mandasse dela. Ela sabia somente que ele era professor numa faculdade bem conceituada de São Paulo e que era de um país do Continente Africano que não me lembro agora.

Com o tempo, viram que as confidências entre eles se tornaram bastante íntimas e começaram a namorar pela internet sem nunca terem se visto nem por foto! Eis que o relacionamento deles ficou mais sério, resolveram passar a um patamar mais elevado da relação e ficaram noivos (pela net sem nunca terem se visto nem por foto... eu acho que ja disse isso anteriormente... rs... Estou me repetindo!!!...)

Como era quase final de ano, combinaram que iriam se encontrar pela primeira vez no Natal e ela convidou-o a passar o Natal com a família dela. O processo se daria da seguinte forma: a minha amiga (que vou chamar de Alessandra) deveria ir pra o aeroporto de Brasília esperar o homem (que vou chamar de Ali) e de lá eles pegariam um ônibus na rodoviária de Brasília rumo a Goiânia.

A Alessandra pegou o "busão" aqui na rodoviária de Goiânia e foi para Brasília esperá-lo no avião que chegaria a tarde do dia 24 de dezembro. Ela chegou no aeroporto e começou a esperá-lo. O avião do Ali atrasou e ela foi pra o bar "beber umas" pois além de tudo era uma mulher que apreciava uma "birita".

Bebeu, bebeu, bebeu... Foi bebendo e ficando cada vez mais bêbada. O avião dele atrasou demais e acabou que ele chegou só chegou no dia seguinte (ou seja, a fámília dela passou a ceia do Natal sem ela). Como ela já estava com a "cara cheia", foi ao banheiro retocar a maquiagem (ela usava maquiagem em demasia, eu vivia a falar isso pra ela) e a Alessandra, completamente bêbada, acabou dormindo sentada no vaso sanitário (sanita) do banheiro do Aeroporto de Brasília.

Quando acordou, já com uma dor de cabeça terrível, ela se olhou no espelho e viu que a maquiagem estava completamente borrada e ficou desesperada pois estava a parecer o personagem Curinga do ator Heath Ledger no filme Batman: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight). Ficou desesperada, tentou arrumar o que podia, mas a cara estava realmente horrível. Pensa numa mulher com o cabelo loiro "platinado" medindo 1,80 e com a maquiagem toda borrada. Estava a chamar a atenção onde quer que fosse no aeroporto.

Finalmente o avião chegou. Ela correu a ficar esperando pelo seu "noivo". Ela ficou super feliz pois até que enfim estaria a vê-lo pela primeira vez. Imaginou seu lindo rosto e na vida que iria ter com ele daqui pra frente. Ela com o cartaz na mão escrito "Ali estou aqui!". 

De repente um homem medindo mais ou menos 1,20 m se aproxima dela e diz: "Você é a Alessandra?". ela responde: "Sim... você é o Ali?... Ela sabia que ele era da África e olhando-o bem e pensou: "Será que esse cara é da tribo de pgmeus?"... Foi então que ele pegou-a com uma pergunta que ela jamais esperava ouvir. Ele, vendo-a tão alta, loira e com a maquiagem parecendo o Coringa do Batman, atreveu-se a indagar: "Alessandra, você é um travesti?...".
Caro leitor, talvez seja maldade rir da Alessandra aqui, mas eu me pego a dar gargalhadas imaginando a cena do PGMEU encontrando o TRAVESTI

Eles se sentaram em um café para conversarem e viram logo de cara que não dava pra serem noivos pois nenhum deles gostou do outro, então resolveram serem amigos e ela convidou-o a ir na casa de sua família mesmo assim. Ele concordou meio desconfiado e disse que tinha que pegar as malas que faltavam. Ela disse que ia esperá-lo alí mesmo no café.

Resumo da ópera: ele nunca mais voltou! A Alessandra esperou o Ali no cafezinho e ele desapareceu, pois ela nunca mais ouviu falar dele. Com certeza pegou o avião de volta pois o negócio dele era ficar noivo de mulher e não de travestis. A Alessandra, coitadinha, foi-se embora sem noivo e com a cara a arder de vergonha dos familiares. Ela gastou com passagem de "busão" e o Ali gastou com a passagem de avião. No outro dia, definitivamente, ninguém pôde dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!"

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ah!... Se o Ronaldo soubesse que toda ação tem reação...



Antes de mais nada gostaria de me desculpar por demorar a postar hoje, pois eu estava a resolver algumas coisas (eu também trabalho amigos... rs...) e ficou meio tumultuado pra escrever, mas enquanto há vida há esperança...  E antes de sair para a noite goianiense nesta sexta-feira maravilhosa, estou eu aqui a digitar mais uma história de gente maluca (que eu convivo bastante). Minha vida seria muito monótona se eu não estivesse cercada por essas pessoas que me matam de rir todos os dias e que me inspiram a escrever neste Blog.

Bom, a história de hoje é sobre uma mulher muito doida (e eu falo de gente que não seja doida aqui?) que me proporcionou uma aventura muito amalucada há uns 5 anos numa noite de sábado. Essa doidinha de quem estou a falar é a mesma da história de ontem (DESVENTURAS NO MOTEL), daí, tem-se uma ínfima idéia do que vem a seguir nesta narração...

Há uns 5 anos, estava eu, numa noite de sábado em casa começando a assistir um filme que eu já havia começado a assistir 3 vezes e nunca conseguia ver o final. Fiz uma comidinha, chá gelado e deitei no sofá pra ter uns "momentos relax". O celular toca, eu atendo! "Beatriz, você está em casa? Preciso de sua ajuda, posso ir aí?"... Eu confirmei e ela foi na minha casa. Ao chegar foi logo me ultimando: "Menina, meu namorada tá me traindo e eu preciso que voce me leve alí pois ele conhece o meu carro". Me segurei pra não rir desse convite de "agente secreta", mas como ela era uma amiga querida eu concordei em levá-la.

O referido pilantra (namorada da minha amiga) que vou chamar de Ronaldo, estava a oferecer uma festa num clube da alta sociedade goianiense e ela chegando a porta do clube pediu que eu parasse porque ela sabia que ele sairia pra resolver algumas questões de bebidas que seriam servidas na festa. Fiquei com o meu carro parado na porta do clube cerca de 2 horas e meia. Detalhe: todo esse tempo a minha amiga, com medo de ser vista, ficou no assoalho do banco de passageiro ao meu lado coberta com um manto (imaginem isso no "calorzão do Goiás"!) com medo de ser vista pelos seguranças do Ronaldo.

Quando eram mais ou menos umas 23:40h, o Ronaldo (carinhosamente apelidado pela minha amiga de "pilantra safado") saiu com uma mulher do referido clube todo cheio de "chamego". Quando a minha amiga viu o Ronaldo com a mulher em questão, quase teve um "siricutico" de tanta raiva. A mulher "encapetou" na mais profunda definição que o termo possa ter. O Ronaldo entrou no carro com a mulher (carinhosamente apelidada pela minha amiga de "biscate"). A minha amiga então disse: "Siga aquele carro!"...

O Ronaldo (que era meio devagar na inteligência igual o Zezinho da história do DNA: PODES GARANTIR O TEU?) demorou pra ver que estava sendo seguido, mas quando percebeu tratou logo de "escafeder-se" o mais rápido possível. Ele estava em vantagem pois o carro dele era muito, mas muito mais potente que o meu.

Quando votamos a festa (tinhamos seguido ele por uns 10 km) o carro dele já estava lá proximo à festa. O "pilantra safado" já havia entrado com a "biscate" para o clube e minha amiga não poderia mais dar o flagrante que ela tanto sonhara. Ela pediu-me que parasse próximo ao carro dele para que ela visse se a "biscate" havia esquecido alguma coisa dentro do carro. Parei o carro como ela pediu e ela desceu carregando uma sacola em que ela levara o manto que estava embrulhada durante a nosso "vigiamento" na porta do clube.

Ela se aproximou do carro e de repente tirou uma garrafa de refrigerante com um líquido dentro e começou a derramar em cima do carro do Ronaldo. Eu gritei: "O que você esta fazendo?" e a minha amiga respondeu: "Me vingando daquele pilantra safado e da biscate!"... Caro leitor, a mulher estava a dar um banho no carro zeradíssimo do Ronaldo com óleo de freio!!!...Tinham uns 2 litros de o'leo da mais alta qualidade corrosiva naquela garrafa de refrigerante!!!...

Eu fiquei a morrer de medo e falei pra ela que eu ia "vazar" dali porque não queria estar lá quando o Ronaldo aparecesse. Ela começou a rir pra caramba e dizer: "Quero ver o pilantra safado passear com essa biscate de novo!"... Ela entrou dentro do carro e fomos embora! Ela chegou na minha casa pegou o carro dela e foi-se embora satisfeita com a "sacanagenzinha" (expressão dela) que tinha feito.

Ela me ligou na segunda-feira e me contou que o Ronaldo havia saído bêbado da festa altas horas da madrugada e bateu o carro na volta pra casa, então o óleo de freio que ela jogou nem fez diferença no gasto que ele pagou na mecânica. A minha amiga ainda me disse, quase a morrer de rir, que ele estava com a "biscate" e que ele ainda teve que pagar o taxi pra ela pois não podia levá-la em casa com o carro batido.

Caro leitor, como podes ver, temos que ter muito cuidado com as coisas que fazemos, pois toda ação tem um reação e dependendo de quem reage, podes acabar se arrependendo de ter nascido... O Ronaldo que o diga, com a minnha amiga pirada como namorada vingativa... rs... Com certeza o Ronaldo, com seu carro caríssimo, batido e com a pintura toda "empipocada" por causa do óleo de freio, no outro dia acordou sem poder dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!"

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Desventuras no motel



Essa história que contarei hoje eu resisti a contar aqui no blog pois necessitava pedir permissão à dona da história pra contar aqui o "ocorrido". Ela é muito amalucada (como a maior parte dos meus amigos) e faz coisas que matam qualquer um de rir... cada procedimento!... Essa história aconteceu no ano de 2006.

Enfim, vamos narrar o fatos! Essa amiga morava numa casa num setor meio afastado aqui em Goiânia e era vizinha desde criança de um rapaz bonitão que vamos chamar de Breno. Esse Breno era famoso por arrumar muitas mulheres. Todos os dias estava com uma diferente e de repente começou a jogar um charme pra essa minha amiga. Ela era muito discreta na sua vida pessoal e começou a se relacionar com o Breno, só que para não causar alarde, combinaram que falariam do seu relacionamento somente depois que este estivesse mais sério.

Já haviam se passado uns 2 meses que eles começaram o relacionamento e a minha amiga saiu para o trabalho numa sexta-feira mandando uma mensagem no celular (telemóvel em Portugal) desejando um bom dia. Trabalhou o dia todo e pegou seu carro para dirigir-se a sua casa. quando lá chegou (sexta-feira lá pelas 19:00h) reparou que havia muita movimentação na casa do Breno e parecia ser uma festa. Entrou em casa e perguntou a mãe o que estava acontecendo na casa do vizinho e ela respondeu: "hoje é o noivado do Breno. A namorada aceitou o pedido de casamento!"... A minha amiga ficou muito "P da vida"!... Coitado do Breno! Mal sabia ele com quem estava a mexer...

Sábado de manhã, ela acordou (ou nem dormiu pensando numa vingancinha básica) e telefonou para o Breno como se nada tivesse acontecido. Ele atendeu e disse: "Eu sinto muito! Deveria ter te contado antes!"... Ela mais que depressa retrucou: "Que isso meu lindo? Eu só tenho a agradecer os bons momentos que passamos juntos... na verdade eu gostaria muito de uma despedida de solteiro contigo... só nós dois... num lugar discreto... em que poderíamos fazer TUDO!...

O mala do Breno, já todo "empolgadinho" com que estava por vir, logo disse que poderia pegá-la no sábado a tarde e que poderia deixar por conta dele que ele pagaria a estadia no motel pois queria recompensá-la. Quando ele desligou o telefone, a minha amiga mais que depressa ligou pra um amigo dela e combinaram que ele deveria locar um quarto no mesmo motel que ela iria, que passaria todos os dados no trajeto via mensagens no telefone.

O Breno pegou a minha amiga na pracinha perto da casa dela e se dirigiram ao motel. La chegando o Breno (na tentativa de recompensá-la) pegou um dos melhores quartos. Enquanto isso o amigo da miha amiga já havia chegado no mesmo motel de carro e locado o quarto vizinho. O Breno logo veio a querer mais intimidade com minha amiga que com um tom suave de voz pediu-o que tomasse um banhozinho antes do procedimento e ligasse a sauna para que os dois pudessem usufrir das mordomias do quarto em que estavam.

Quando o breno tirou suas roupas e se dirigiu ao chuveiro, a miha amiga mais que depressa pegou as roupas dele, os lençóis, as fronhas, toalhas, carteira, chave do carro, celular (telemóvel em Portugal) e o aparelho telefônico que havia no quarto, vestiu suas roupas, saiu pra garagem e trancou-o no quarto em questão levando a chave da porta consigo (sem antes pegar alguns chocolates e refrigerantes no frigobar pra aumentar a conta do motel para o Breno... rs...). Dirigiu-se ao quarto ao lado onde seu amigo já a esperava e saíram do motel como se nada tivesse acontecido.
Ela chegou em casa o mais rápido possivel, tomou um banho e tratou logo de dormir pra não levantar suspeitas (dormir nada não é mesmo? Pois estava a morrer de rir com o que tinha feito). Ficou a pensar: "Quero ver como o Breno vai fazer pra explicar pra mãe, noiva, irmão e cia que ele está no motel, pelado, sem dinheiro, sem chave do carro, sem carteira, sem celular e sem dignidade!... kkkk....".

Ela disse que no outro dia acordou super bem pois havia dormido como um bebê e que teve o cuidado de escutar a mãe comentando na cozinha com uma outra vizinha do Bairro que o Breno filha da dona Dalva tinha sumido e que tinha sido assaltado. Quase morreu de rir.

Caro leitor, até hoje minha amiga usa essa tática quando quer se vingar de um homem. Cuidado pra não ser o próximo na lista dela. Às mulheres, fica a dica de como sacanear um safado e fazê-lo se arrepender de ter nascido. O único que deve estar na pior até hoje é o Breno, que teve que mandar fazer todos os seus documentos novamente, comprar outro celular, gastar com o chaveiro no carro, pagar o motel caro, ter corrido o risco de ficar sem a noiva , passar vergonha no motel, todo peladão, sendo buscado pelos familiares e ainda por cima ter que ver a minha amiga todo dia e cumprimentar como se nada tivesse acontecido pra não "dar bandeira" da sua "pulada de cerca"... Ele com certeza no outro dia acordou e chorou demaisiadamente por não poder dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!".

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Os cigarros do Juarez



Feriadão em Goiânia ontem... Friozinho chegando... Pareceu dia de domingo! Enfim, vamos deixar os "entretanto" e irmos logo aos  "finalmente" pois ninguém que acessa esse blog está a acessá-lo pra saber da minha vida (ou está?). Creio que o pessoal está querendo mesmo é saber das histórias muito malucas que aqui são narradas.

Hoje eu contarei a história de um conhecido muito "sem noção", que vou chamar de Juarez, que vendia cigarro na rodoviária de Goiânia. Na verdade ele nao tinha banca, vendia os cigarros (made in Paraguai) numa caixinha mesmo que carregava daqui pra ali. Passava um cidadão ele perguntava se queria comprar e tal... Sendo assim ia fazendo suas vendinhas e arrecadando um dinheirinho para financiar, como ele mesmo diz, o "leitinho" das crianças (o danadinho tem 6 filhos).

Um dia um velhote se aproximou de Juarez, vendo-o com a caixa de cigarros, e perguntou quanto ele fazia pela caixa inteira. O Juarez já se enchendo de esperanças de vender todos os cigarros de uma vez só, disse um precinho "camarada" e perguntou se realmente ele estava querendo comprar tudo. O velhote confirmou a negociação e perguntou se ele nao tinha mais cigarros para vender pois ele iria fazer uma viagem a noite e queria levar o máximo possível pois para onde ele viajaria não era fácil comprar cigarros, entao ele compraria no atacado.

O meu amigo logo se empolgou com a possiblidade de se livrar da mercadoria que tinha dentro de casa e ofereceu o restante do estoque para o velhote que logo confirmou a possibilidade da venda de todos os cigarros. Só que o velhote não podia espera-lo na rodoviária e indicou ao Juarez o hotel (diga-se de passagem, muitíssimo luxuoso) que estava a ficar próximo a rodoviária e pediu que ele fizesse a entrega lá mesmo.

O Juarez foi buscar o restante da mercadoria para entregar no local combinado. Sua casa era bem próxima da rodoviária e ele poderia fazer o trajeto facilmente andando mesmo e voltar em poucos minutos. Buscou tudo e se dirigiu ao hotel onde estava o velhote para fazer a entrega e pegar o "dindim".

O recepcionista passou o interfone para o Juarez e disse que o senhor em questão queria falar com ele. Ele atendeu e o velhote disse que não era pra ele contar pra ninguém que estava a levar os cigarros para ele e que subisse discretamente pois não poderiam fazer negócio daquele tipo num hotel de luxo daqueles.

O Juarez , meio sem jeito concordou, pois como ele mesmo disse, o "leitinho das crianças" estava em jogo. Enfim, subiu e quando o velhote abriu a porta ele já entrou a correr pra ninguém  ver que ele levava aquela sacola cheia de cigarro contrabandeado.

O velhote estava tomando uma cerveja (de marca boa) e logo ofereceu uma ao Juarez que já foi pensando: "já que estou aqui mesmo vou aproveitar esse serviço de quarto bacana". O velhote perguntou sobre a vida dele e assim foi indo... o velhote perguntando da vida dele, ele bebendo... o velhote perguntarndo... ele bebendo... Depois de umas 8 latinhas aí passaram pra wisk e o negócio começou a ficar estranho.

O Juarez já vendo o "tardar" da hora perguntou se ele ia comprar mesmo pois ele tinha que ir embora. o velhote disse que sim e já foi logo tirando um monte de notas de 100 de dentro da carteira. quando ele ia passar o dinheiro pra o meu amigo ele perguntou se ele nao queria ganhar uma gorjeta de R$300,00. O Juarez já pensou na hora que o velhote era homossexual e já foi logo dizendo que gostava de mulher e que era casado e que tinha 6 filhos...

Caro leitor, pensas que o velhote desistiu? Virou-se para o Juarez e disse: "E se eu oferecer R$400,00?" e o Juarez: "não!"... e o velhote: "se for R$500,00?" e o Juarez:  "Não senhor! Eu sou muito homem!"... E o velhote: "Dou R$1.000,00 e não falamos mais nisso!"...

O juarez pensou... pensou... (dinheiro tava curto ultimamente... muita gente pra sustentar...) e disse: "Me paga primeiro!". Entao o velhote tirou 250 do bolso e pagou os cigarros, mas disse que o outro favor só pagaria depois do procedimento executado. Segundo o Juarez, ele pediu pra o velhote tomar um banho e enquanto isso ele escafedeu-se dali. Eu nao sei se acredito nisso. E você, caro leitor?

De uma coisa eu tenho certeza, o Paulo que tabalhava com o Juarez disse que ele fez uma "comprona"  de supermercado no outro dia. O "leitinho" das crianças não faltou durante um tempão... Mas o juarez jura que foi só o dindim do cigarro. E que de agora em diante nunca mais entrega cigarro em hotel. O velhote eu não sei, mas o Juarez, segundo o Paulo, acordou no outro dia e disse com a boca bem cheia: "Hoje eu estou mais rico que ontem!"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O encontro de Adolfo



O meu amigo se mudou pra uma chácara (quinta em Portugal) em que nas palavras dele é possuidora de uma vizinhança pra lá de barulhenta. Sim! São, segundo o mesmo, o povo mais "alegre" que ele já viu. A festa nunca acaba... É dia e noite no som, cerveja e churrasco! Alguém "solta um pum" e já querem comprar uma caixa de cerveja pra comemorar!... Mas o mais engracado foi ele dizer que se a Polícia Federal "baixar" lá leva a rua inteira!... A história de hoje é sobre esse tipo de  pessoa que adora som, cerveja e churrasco...

Quando eu estudava economia na PUC, eu tinha um amigo que vamos chamar de Adolfo (para preservar a identidade do protagonista) que adorava um barzinho, sempre que "matava" a aula ele ia em um "buteco" que havia na frente da faculdade de economia. Foi numa dessas idas que ele conheceu uma moça muito simpática que chamarei de Luzia (também para resguardar a identidade da envolvida). Ela era realmente uma bela moça e o meu amigo Adolfo acabou se interessando por ela e ela por ele.

Um dia ela chamou ele pra sair, quando ele chegou para pegá-la, a mesma estava, segundo ele, um espetáculo: saia curta com lindas pernas, uma blusa tomara que caia e uma sandália de saltos altos. Quando ela adentrou o carro perguntou se antes de chegar ao bar pra "tomar umas" ele poderia passar na casa de uns amigos dela pra dar-lhes uma "carona" até o bar onde eles iam. O Adolfo dissse que sim e lá se foram eles pra o local da moradia do pessoal (pra quem conhece Goiânia, ele, Adolfo, morava no Setor Oeste, a Luzia morava no Setor Universitário e o pessoal em Aparecida de Goiânia, ou seja, longe pra "dedeu"...).

O Adolfo, meio sem graça, mas pra não desagradar a moça no primeiro dia de saída, acabou por buscar o pessoal mesmo sendo longe, pois queria evitar uma primeira má impressão, ainda mais que, segundo ele ela era bonita demais. Eles estavam num golzinho desses "quadrados", aqueles antigos e quando lá chegaram (na casa do pessoal) estavam a esperar a carona pelo menos umas 7 pessoas, ou seja, apesar de serem muitas pessoas pra carregar num golzinho, o meu amigo Adolfo acabou tendo que levar pois ele não estava afim de fazer 2 viagens pra pegar o restante.

Chegando ao barzinho em questão começaram com a bebedeira, desce uma, desce duas, desce três... Quando deu lá pelas 5 da manhã, quando eles já haviam bebido todas, a menina falou que eram pra ir embora e lá se foram eles (todo mundo no carro de novo e ele a levar todos em casa...

Quando chegaram na porta da casa da moça, ele logo foi se insinuando pois, segundo o mesmo, queria ganhar alguma recompensa pelo "favor" que havia feito. A Luzia disse que tinha que subir, mas ele (cheio de "cerveja, churrasco e som") não aceitava um NÃO como resposta, ele insistia e ela dizia que sentia muito mas tinha que subir o mais rápido possível. Ela alegava que não queria beijá-lo pois dizia que era muito cedo ainda e precisavam se conhecer melhor e tinha que subir rápido pois o pai a esperava e nao podia se atrasar.

O Adolfo, já meio "enraivado" com a situação de não ganhar o beijo segurou-a pelo braço e disse: "Eu levei e busquei os teus amigos, mereço ao menos um beijinho". Quando ele proferiu estas palavras escutou um sonzinho estranho e um cheiro pior ainda... A moça havia se cagado toda no banco do carro dele! Ela estava com o intestino ruim, por isso precisava subir desesperadamente pra ir ao banheiro (casa de banho em Portugal).

A moça quase morreu de vergonha pois agora estava constrangida até de sair do carro e passar pela portaria e subir pelo elevador até o seu apartamento. E agora? como ela ia fazer? Começou a chorar desesperadamente e a solução foi o meu amigo Adolfo tirar a própria camisa pra ela se enrolar e tapar a mancha marrom que havia em seu bumbum.

O meu amigo Adolfo alega que nunca mais ligou para a Luzia e nem quiz buscar a camisa de volta. A Luzia também nunca mais deu notícias. O Adolfo teve que mandar o carro pra lavar o banco e foi uma novela ele ter que explicar para o lavador que segundo ele riu até perder o fôlego quando ele contou o motivo da lavagem. Pode-se daí tirar uma lição valiosa: nunca segure alguém que está com pressa pois você pode estar a dificultar a ação desesperada de alguém tentar chegar ao banheiro antes de maiores constrangimentos. 

Caro leitor, de uma coisa não teremos dúvidas, ninguém saiu ganhado nessa história, pois a moça nunca mais pode ir ao barzinho em frente à PUC pois ficou com medo de arrumar apelido de "Maria Cagona". O meu amigo Adolfo teve que desembolsar um dinheiro considerável para limpar a sujeira deixada pela Luzia no carro super limpo dele. Com certeza ninguém (a não ser o pessoal que ganhou a carona de graça) pôde acordar no outro dia e dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!".

terça-feira, 17 de maio de 2011

Sempre avise antes de ir



Ontem eu estava na faculdade e uma das alunas me ofereceu uns conjuntinhos de roupa íntima. Pensei nas oportunidades que alguém tem pra trabalhar (se quizer) e fazer de tudo. A menina é "mil e uma utilidades". Vende bombom, balinha, pirulitos, sandálias... enfim, de tudo um pouco... Mas a história de hoje não é sobre ela e sim sobre umas pessoas que ela me lembrou quando me ofereceu as calcinhas vermelhas...

Dois "ocorridos" da minha vida me deixaram constrangida por causa de roupa íntima. Bom, o primeiro foi quando eu fui visitar uma amiga na minha cidade natal. Cheguei na casa dela exatamente ao meio dia na quarta-feira, horário de almoço, e comecei a bater no portão (lá nao tinha campainha na época). Eu sabia que ela estava lá pois havia me falado que sempre estava lá na hora do alomoço. Como ela não atendia, achei que eu estava batendo baixo e comecei a "esgüelar" a plenos pulmões: "Fulanaaaaa!!!... Eu to aqui na portaaaaaaa!!!!.... Vem me atenderrrrrrrrrr!!!....

De repende (de repente nada, isso foi depois de uns 5 minutinhos) eu ouço uns passos caminhando na direção do portão e a vozinha dela do outro lado: "Bia é você?...". Eu afirmei e então ela abriu o portão... Caro leitor, a mulher tava de colant de oncinha  e um pompom preto... Ela olhou pra mim e disse: "Eu tô meio ocupada agora, voce pode voltar depois?...". Eu mais que depressa "vazei" dali e agora só vou se ligar antes!...

O outro caso que me deixou extremamente constrangida foi um dia que acompanhei um amigo numa consultoria aqui em Goiânia mesmo. A cliente dele queria abrir um negócio e precisava de uma pesquisa de mercado. Ele disse que eu poderia fazer o serviço e me convidou pra conhecer a cliente dele. Ele passou na minha casa e disse que ia me levar no mesmo carro porque era caminho mesmo.

Chegamos ao prédio dela e ele se apresentou dizendo que queria ver a Senhora "Fulana de Tal". Já eram mais ou menos 21:00h... Subimos no elevador e ele já todo animado dizendo que ela ia investir muito dinheiro no projeto que ele estava desenvolvendo e que pela primeira vez ele estava se sentindo valorizado realmente como profissional... Até que enfim ele era respeitado!...

Chegamos ao andar me questão e adentramos ao hall. Chegamos a frente da porta de entrada e ele apertou a campainha... Caro leitor, a porta de repente se abriu com a mulher (que respeitava o meu amigo como profissinal gabaritado) só de calcinha e salto alto dizendo: "Tava te esperando meu docinho!..."... 

O meu amigo, super sem graça (não mais do que eu obviamente) se limitou a dizer: "Dona Fulana, espero que a senhora não se importe, mas eu trouxe a minha amiga Beatriz, que faz as pesquisas de mercado que lhe falei, pra fazer o orçamento."

Eu nunca mais vou esquecer a cena, Espero todos os dias que ela se apague da minha memória, mas foi muito "traumatizante". 

Caríssimo leitor, o meu amigo acabou por terminar o serviço pra senhora respeitadora (pra sorte dele), mas não passou a ser um profissional respeitado como ele tanto sonhara. Agora ele sempre avisa antes de ir visitar qualquer pessoa e eu também... A senhora da história, apesar de parecer nao ter dinheiro pra comprar muita roupa, tinha muito... tinha de sobra! E na verdade ela sempre teve o bastante pra investir no projeto do meu amigo e de qualquer outro rapazinho "boa pinta" que tivesse um "projeto" pra apresentar. No outro dia, com calcinha, ou sem ela, a senhora acordaria e diria sem sombra de dúvida: "Hoje eu estou mais rica que ontem!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Juíz e o cara de pau



Amigos, essa semana passada foi super "corrida"! Nem sei como eu consegui fazer tudo o que precisava ser feito. Aquele negócio de verificar as despesas do mês, correção de trabalhos e provas, falar com aluno, reunião com cliente... E ainda por cima, no meio disso tudo, ainda ter tempo pra ser essa mulher linda, maravilhosa, requintada, estilosa, adorada por todos! (Sofro de EXCESSO de auto estima!)... rs...

Bom, hoje, como é segunda-feira vou começar a contar uma história sobre um amigo meu, juiz de Direito, que julgou um processo de um rapaz pra lá de folgado...

Um belo dia (assim que se começam a maioria das histórias) o meu amigo, como de costume, foi pra sala de julgamento pela manha e como de costume também colocou o seu celular pra carregar a bateria em cima de um banquinho na mesma sala (banquinho este destinado às pessoas julgadas por ele). Eu me lembro de viver a dizer pra ele trocar aquele celular (telemóvel) pois o dele era, com o perdão da palavra, pra lá de vagabundo. (vagabundo mesmo!... daquele que se voce for revender nao consegue nem R$10,00).

Enfim, chegou a hora de averiguar o processo do rapaz em questão (o réu) e chamaram-no a comparecer a sala. O rapaz já era velho conhecido das autoridades pois era "fregues" do promotor que já estava de saco cheio de tanto julgar processo dele e o "cara" nao "se emendar". O rapazinho era problema mesmo, não tinha mais nada a perder... já estava com a vida pra lá de "enrolada", agora era só cadeia mesmo e "pagação de sapo"...

Eis que estavam na sala: o juiz, o promotor, alguns assistentes, dois policiais e os advogados. O juiz mandou chamar o reu e este se apresentou. quando mandaram o réu se sentar, o juiz nem mais lembrava que havia colocado o celular no banquinho pra carregar a bateria e nao há de se ver que o cara-de-pau do réu ao se sentar pegou o celular do juiz e enfiou no bolso? 

Caro leitor, sei o que estas a pensar: "Esse ladrão realmente não tem mais nada a perder... roubar do juiz (a pessoa que vai julgar se ele vai ou não pra cadeia) na sua própria audiência..." . Pois sim, era verdade, ele roubou... Ao se sentar pegou o celular e enfiou no seu bolso na maior cara de pau. O azar dele foi que ao fazer o procedimento, o policial que estava ao seu lado verificou o "sucedido" e avisou o promotor, que já estava mais que "P da vida" com o seu velho conhecido.

O promotor, na hora do ocorrido já gritou: "Teje preso!", e os policiais já agarraram o rapaz. Mas o meu amigo disse que o promotor nao podia fazer isso pois a autoridade máxima dentro da sala era o juiz, entao cabia a ele fazer isso... Só que como o meu amigo não queria deixar o promotor "sem graça" acabou por decretar a prisão do rapaz, porém depois me explicou que o crime era impossível... Nao sou advogada e nao entendi nada disso... A unica coisa que entendi foi que o ladrão era o mais cara de pau do mundo.

Lembrei de um amigo meu agora que fez o curso de Economia comigo. Ele sempre dizia: "Pai, juiz e professor são três pessoas que voce não procura confusão pois voce sempre tem a perder"...

O mais engraçado foi que ele me contou que todo mundo que já conhecia o rapaz já estva de saco cheio dele, pois o cara vivia reincidindo nas "burradas". Davam oportunidades de redenção e o cara de pau sempre fazia bobagem de novo... Enfim, o final já era esperado: Acabar seus dias na cadeia mais próxima...

O meu amigo conta isso e ri... Eu rio mais que ele pois eu conheço bem o "celular de ultima geração" que o ladrão tentou roubar. Na verdade, naquela sala, ninguem saiu lucrando naquele dia, todo mundo irritado e escandalizado com a safadeza descarada do "muleque". Porém, alguém em especial, pelo menos teve o seu de satisfação, de ter tirado (mais uma vez e sabe-se lá quantas mais ainda virão) o cara de pau da rua: O promotor, que nao via a hora do "malinha ir em cana". Mas dentre todos eles, o único  (por causa dele mesmo) que levou prejuízo, foi o "cara de pau" que no outro dia nao pôde dizer: "Hoje eu to mais rico que ontem!"

terça-feira, 10 de maio de 2011

O constrangimento de se chupar algumas mangas...



Caríssimo leitor, sei que estou em dívida com a sua pessoa, mas no dia das mães (segundo domingo de maio no Brasil) eu não pude escrever pois eu viajei pra ver a minha mãe e não acessei a internet. Por causa desta viagem eu passei na casa da minha tia que estava no caminho pra dar um "feliz dia das mães" pra ela e lá acabamos por lembrar da historia que aconteceu com o meu primo quando ele era adolescente...

A minha tia no passado morava numa casa em que o quintal fazia divisa com um barracão de uma velhinha  (barracão no Brasil significa alguns pequenos cômodos que são construídos aproveitando o muro que separa as residências. Geralmente se destina a moradia de alguém economicamente desfavorecido ou o cômodo também serve como depósito). a vizinha que morava neste barracão tinha uma mangueira no seu quintal e costumava ser miserável e deixar as mangas se perderem, mas não cedia nenhuma a quem quer que pedisse.

Um dia, o meu primo esperou a vizinha sair e pensou: "vou pegar essas mangas agora!". Ele subiu no muro e depois em cima do telhado do barracão da senhora vizinha deles. No trajeto ele teve o cuidado de andar lentamente pois o telhado era de amianto (aquelas de coloração cinza bem compridas e que se quebram facilmente) e não queria rachar as telhas... chegou ao pé de manga e com as frutas lindas e maduras que pegou acabou por encher duas sacolas de plástico daquelas cedidas no supermercado.

Ele veio a caminhar pelo telhado novamente sempre com o maior cuidado, porém, como na ida ele estava mais "maneiro" não imaginou que as sacolas pudessem contribuir para aumentar consideravelmente o seu peso. Ele andou com tanto cuidado na "volta" quanto na "ida" porém "o destino não se apiedou de sua pobre alma" e num momento crucial o telhado foi-se abaixo com o meu primo e as sacolas de mangas...

Ele estava tonto por causa da queda e demorou a perceber que tinha caído bem no meio de uma das salas da referida senhora e o pior de tudo é que ela, naquele momento, estava a receber visitas... Caro leitor, visualise a cena: ele, todo "ralado" por causa da queda com duas sacolas nas mãos, fora as mangas que se espalharam pra todos os lados, sendo encarado com aspecto de espanto por pelo menos umas dez pessoas que no mínimo estavam a imaginar que ele era um louco psicopata...

Se a velhota estivesse sozinha ela teria um "infarto do coração" (expressão usada por um amigo meu e que particularmente acho hilária) ou teria também chamado a polícia para levar o "doidinho assediador de velhotas e mangas"... o pior foi ele explicar o inexplicável e justificar o injustificável. Como se pode narrar aos expectadores da sua infeliz queda sobre a triste história que o levou até ali?

Ele todo sem graça, querendo enfiar a cara no primeiro buraco que visse, se limitou a pedir desculpas sobre o ocorrido "dando uma de João sem braço"... Saiu dali o mais rápido possível e quando a minha tia chegou em casa, ele teve que contar onde arrumou as muitas escoriações.

Por causa de algumas mangas madurinhas e suculentas (que ele nem conseguiu levar porque ficou com tanta vergonha que deixou lá mesmo no assoalho da sala de visitas) ele teve que ir ao pronto socorro pra dar alguns "pontinhos" em sua carne e com certeza ele no outro dia  acordou e  não pôde dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!".

sexta-feira, 6 de maio de 2011

DNA: Podes garantir o teu?



Hoje na aula uma pessoa veio falar comigo a respeito do desenvolvimento das crianças. Ela dissertava sobre alguns métodos que podem serem usados para que a crianca tenha um melhor processso de aprendizagem. Confesso que achei deveras interessante e resolvi até fazer pesquisas melhor elaboradas... E foi aí que me lembrei de um "ocorrido" que achei muito engraçado e resolvi escrever na história de hoje...

Eu tenho um amigo (só de pensar nele já começo a rir...) que nunca foi... digamos... "famoso pela esperteza"! Pela beleza então que não era mesmo... Já sei o que estão a pensar: "coitadinho... feio e burro". Se eu disser que estava ficando mais pobre também? E que estava a dever horrores?... O nome dele estava "mais sujo do que pau de galinheiro". Vou chamar ele de Zezinho pra preservar a identidade dos envolvidos.

Como toda tampa tem o seu balaio, o cara conseguiu um "casório" pois "embarrigou" uma moça de nome Selma (fictício é claro!) e com o passar dos anos foi construindo a sua vida, comprou casa, carro, pagava escola e tudo mais. O que ele mais gostava de pagar (dizia sempre que dava mais prazer) era a prestação da escola do filho (que vou chamar de Luciano), na época já com 14 anos. O filho dele, tinha desempenho mediano (do ponto de vista acadêmico), mas como todo pai e mãe exageram... O menino era o mais esperto do mundo.

Um dia, Selma e eu fomos a feira nem me lembro mais comprar o quê e ela encontrou uma conhecida de nome Márcia. Essa Márcia começou a perguntar pela vida dela e como estavam as coisas. Essa Márcia disse que tinha se casado e tinha um filho da mesma idade que era um espetáculo de aprendizagem. E ficou naquela, uma dizendo que o filho era melhor, a outra dizendo que quem era o melhor era o dela... Pensei comigo: "isso aqui vai demorar..."

Quando a Márcia terminou de falar, a Selma começou: "Márcia, o Luciano é igual o meu marido Zezinho...". Na hora já pensei: "Ai Jesuisssssss...". Então ela continuou a fala: "...tão bonito...". Comecei a pensar de novo e visualizar a figura do Zezinho  na minha mente já me perguntando: "Bonito? Forçou né? Onde viu beleza no Zezinho?...". Mas ela ainda não satisfeita ainda acrescentou: "bonito e inteligente..." . Aí, caro leitor, já me lembrei do pessoal jogando baralho e quase gritei: "TRUCOOOOOOOOOO!!!!..."

Caro leitor, podes me achar meio malvada, mas tenhas a santa paciência! Tudo bem querer puxar o saco do marido dela, mas dizer que o filho é tão bonito e inteligente igual ao pai era a mesma coisa que dizer que o menino não era filho do Zezinho... Acho que até a tal da Márcia já tinha "sacado" isso... Se a Selma continuar a narrar essas proezas do menino e dizer que são herdadas do pai, o povão vai começar a dizer que o Zezinho é corno...

Depois que a conversa terminou e a Márcia foi-se embora, a Selma logo falou: "Ela tava era com inveja do meu filho ser melhor do que o dela...". Bom, caro leitor, pensei (mas obviamente não falei): "Se o seu filho parecer o pai dele sim, mas se parecer o Zezinho acho que não... kkkkk..."

Quando eu contei essa história pra um amigo meu ele riu muito e perguntou se o tal do Zezinho já tinha pedido exame de DNA pois o menino era "bonito e inteligente" demais para ser filho dele. Eu disse que não sabia, mas se algum dia pedisse e desse negativo ele ia ficar muito triste por ter sustentado o menino durante 14 anos sem ter laços consanguíneos com o "intelectualzinho galã"... Aí no outro dia como é que ele ia acordar e dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!"

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O gurú do tráfico de comida



Há alguns anos eu resolvi que iria pra um SPA perder peso e ganhar uma massa muscular... Estava com dinheiro sobrando mesmo (já que cada dia lá custa horrores de caro) e resolvi cuidar da minha saúde (quero deixar claro que isso nao tem nada com o fato de o médico ter me dito que eu ia ter um infarto a qualquer momento se nao abaixasse o nível de gordura... "triglisseres", sei lá... nao entendo bem desses termos tecnicos).

Essa fala foi só pra inglês ver, pois atualmente no exame não dá nada e ele continua a falar que posso ter um infarto a qualquer momento... só que agora ele diz que a minha pressão alta é psicológica. Pra quem não sabia o significado de "morrer de raiva"... está aí o significado.

Enfim, no dia que cheguei no Spa revistaram as minhas malas e bolsa. Segundo eles era pra ver se não tinha nenhuma "muamba" escondida na roupa. Passaram-me os horários e disseram-me que nao era obrigatório participar das atividades, o intuito ali era descansar e perder alguns quilos se possível pra garantir a saude de qualidade.

Confesso que com o passar dos dias lá fui conhecendo um mundo que eu realmente nem fazia ideia que existia: os dos "mortos de fome"... e reparando (do ponto de vista econômico, um novo direcionameto para vendas e fornecimento).  Havia um garotinho, que nao me recordo o nome, mas ele era o "Ás da desenvoltura gastronômica" (se é que essa expressão existe). O guru do trafico de comida... Ele conseguia comida pra todo mundo e cobrava horrores por isso... E o pior é que tinha gente que pagava...

Das que eu mais ri foram dos vidros de shampoo e condicionador que ele esvaziava e enchia de leite condensado. ele trazia baldes e baldes e vendia tudo a um preço exorbitante. Em alguns momentos ele fazia macarrão alho e óleo pra alguns adolescentes mais ávidos por massas e por incrivel que pareça ele cozinhava o macarrão instantâneo no chuveiro quente a todo vapor. Lembro-me dos frangos assados e das pizzas que ele conseguia pois já era amigo dos entregadores e tinha já o esquema de entrega nas mãos...


Mas os espetáculo mais engraçado que eu vi no SPA ate hoje não tinha nada com o trafico e sim com uma mangueira que ficava no jardim. Quando me hospedei a mangueira ja estava a dar frutos e sempre embaixo dela haviam internos a descansar a sombra... Na verdade eles estavam era esperando que as mangas caissem para poder comê-las. Quando uma manga caía era sempre uma luta armada de socos, pontapés... valia tudo! 

Andei a pensar sobre isso hoje porque escrevi sobre o meu amigo mau educado no que se refere a comida ontem. Uma pessoa me escreveu no ORKUT e disse que ja passou algo parecido... Sempre me lembro da cena: um com a garrafa de café e outro com a jarra de leite... fora as quitandas... Tem muita gente miserável com comida no mundo!

Acho que se alguma dia ficar "na pior" no sentido financeiro e estiver "na rua da amargura" como diz o meu amigo de UM DIA DE FURIA, creio que posso vivenciar o prazerozo mundo do comércio de comida proibida... já que tem gente que paga mesmo, ou seja o mercado já tem o consumidor, só falta o fornecedor... Acho que posso me hospedar no SPA de novo e levar alguns galões de shampoo especial... Afinal, é muito bom saber que posso acordar amanha e dizer: "hoje eu estou mais rica que ontem!...".

terça-feira, 3 de maio de 2011

Amigos, amigos... refeições a parte!



Antes da história de hoje quero agradecer 5 amigos meus: Patrícia, Adriana , Diego, Washington e Lethícia pois quando vou em suas casas fazer-lhes visitas me sinto uma rainha pois sou muitíssimo bem tratada. Sempre que vou a casa de algum deles sou tão bem tratada que fico com medo de não tratá-los a altura quando eles vem a minha casa. A comida da Paty é uma delícia, a mãe da Adriana (Dona Joana) cozinha que é uma beleza e o Diego não sabe cozinhar, mas oferece tudo que esta na casa dele na tentativa de te agradar... O Washington e a Lê moram em outros países hoje, mas quando moravam no Brasil... hummm...sem palavras!

A historia de hoje é sobre uma amiga minha e eu que nos metemos em uma confusão por causa de um lanche na casa de uma outro amigo nosso. Essa historia aconteceu há uns 10 anos.

Bom, tenho uma amiga que preza sempre pela boa educação. Quando você comparece a casa dela, ela sempre te deixa a vontade, serve tudo que tem na geladeira e não fica com aquele negócio de "voce aceita isso?"... ela ja prepara tudo e te faz sentar na mesa pra comer... um dia nós fomos a casa de um amigo nosso que prefiro não dizer o nome, mas creio que se ele ler aqui vai saber que e ele de cara! E tomara que saiba mesmo e fique com vergonha do papelão que fez conosco!

Nós duas estavamos a passear proximas a casa dele e resolvemos passar por lá para ver como ele estava. Como prezamos pela boa educação, ligamos primeiro para perguntar se poderíamos ser recebidas por ele e ele mais que depressa disse que sim pois era apaixonado na minha amiga. Chegamos na portaria (era apartamento) e pedimos ao porteiro que nos anunciasse. Essa minha amiga era muitíssimo amiga dele e sempre que ele ia na casa dela almoçava, lanchava... ela nunca deixa ele sair de lá de barriga vazia, assim como não deixa ninguém pois é deveras educada.

Quando subimos, logo ele abriu a porta e comecou a conversar conosco ali mesmo (minha amiga e eu em pé, na porta da entrada) e não nos chamava pra entrar de jeito nenhum. Começamos achar estranho e eu já estava a querer ir-me embora, porém minha amiga achou um desaforo da parte dele dizer que podíamos ir e nos tratar daquela maneira, pois nós o tratavamos muitissimo bem em nossas casas, então logo disse: "ainda bem que o seu sofá é confortável, to foida pra sentar"... e foi entrando e sentando.

Quando ele sentou junto a nós ela ficava falando do calor que estava a sentir. Até eu fiquei constrangida pois o cara não oferecia nem uma água pra ela (pensam voces que na casa onde ele mora não tem mulher e por isso ele era atrapalhado? Engana-se! Aquilo era coisa de gente mal educada, ou pior mesquinha...). Ele trouxe a água e comecamos a conversar. Ele pediu-nos licenca pra sair e foi ate um dos quartos do apartamento.

A minha amiga que tinha "ouvido apurado" escutou um cochicho e ficou com a pulga atrás da orelha. Ela na mesma hora levantou e só gritou de onde estava que iria usar o banheiro e abriu a porta do corredor. Ela nao acreditou no que viu quando abriu a porta e eu não acreditaria tambem no que ela tinha visto se eu não tivesse visto tambem...: no corredor estavam a família dele (mãe, irmao, irmã...) comendo um monte de quitandas (pão, roscas, biscoitos) com uma garrafa de café na mão e outra de leite olhando super sem graca pra minha amiga.

Obviamente, eles não queriam dividir o lanche conosco. A minha amiga começou a dar o maior "piti" (e com toda a razão) pelo que estava a acontecer. O cara vai sempre na casa dela, é sempre muito bem tratado não tem hora para ir embora e faz essa conosco? Almoca lá, lancha, sempre toma um cafezinho e quando chegamos a casa dele ele fica a "mesquinhar" comida?

Nunca mais voltei lá e espero não ter que voltar mais... a minha amiga caruda voltou e disse que fez com que eles servissem até almoço pra ela lá. Ela me disse uma coisa que eu nunca esqueci: "Se uma pessoa nunca te convida pra nada na casa dela, como um almoco, lanche ou afins e vive a comer isso na sua casa, muito provavelmente existem duas explicações: ou ela é grossa ou é mesquinha..."

Eu não teria coragem de almocar lá depois do piti, vai que eles cuspissem na comida dela (isso me fez lembrar da historia de um certo rondelli... mas isso é outra historia... rs...). Bom, o certo é que eles acabaram servindo ela com um almoço bom, pois o cara como estava apaixonado acabou querendo se redimir e pra isso precisava deixar de ter fama de "pão-duro miserável".

Até hoje ela ainda frequenta a casa do rapaz em questão. Será que eles ainda escondem a comida quando alguém vai lá? Bom, o que importa é que eu não fui mais lá e nem pretendo ir. Ficar passando raiva por causa de meia chícara de café e biscoito amanhecido só para dizer no outro dia ao acordar: "hoje eu estou mais rica que ontem"?