sábado, 18 de junho de 2011

Combinacao explosiva



Amigos, hoje contarei a historia de uma mulher que tinha um marido deveras beberrao. Darei a ela o nome de Amelia, pois esse era o unico nome que ela podia usar. Ela sempre zelosa, cuidava das roupas, da casa, dos filhos e tudo mais que fosse necessario cuidar numa casa. O marido pouco valor lhe dava, pra dizer a verdade nao lhe dava valor algum e sempre a criticava nas festas ou reunioes, ou mesmo na frente de desconhecidos.

Amelia aguentava tambem a bebedeira do marido (que chamarei de Osvaldo) e sempre ouvia historias de casamentos e maridos maravilhosos... Pensava ela: "Sera que algum dia o Osvaldo pode tornar-se esse homem maravilhoso que escuto nessas historias?". O sonho era o seu maior companheiro, pois nada mais tinha para se apegar e aguentar a dura vida que estava predestinada a ter pelo resto de seus dias.

Uma amiga de Amelia (que chamarei de Ana) sempre a aconselhava a abandonar o Osvaldo. Sempre que tinha problemas em casa ligava para Ana e esta sempre lhe dava uma solucao: "Tens que ter atitude!". Amelia ouvia e se perguntava: "Mas o que eu poderia fazer?"

Nos finais de semana Osvaldo sempre adorava juntar os amigos, embebedar-se e criticar a esposa sempre humilhando-a de forma que parecesse ignorante ou retardada. Amelia ja nao aguentava mais essa postura de Osvaldo e comecou a pensar sobre o que poderia ser feito para que ele nao mais bebesse.

Ela entao pediu a amiga, Ana, que lhe comprasse um "tira-alcool" (substancia geralmente misturada a comida e/ou bebida que na ingestao de alcool causa extremo mal estar como vomitos, tonturas e desinteria) que ela iria colocar no feijao do Osvaldo.

 Todos os dias Osvaldo bebia a danada da cerveja e Amelia comecou a "dieta nova" na segunda-feira. Inicialmente colocava pequenas doses que sempre causavam desconforto a Osvaldo pois nao poderia colocar de uma vez para nao causar suspeitas. O Osvaldo comecou a reclamar que estava "ruim do estomago" e a Amelia falava: "E a cerveja!".

Osvaldo na sexta feira chegou em casa com uma garrafa pet com oleo de soja dentro com algumas ervas dizendo que um conhecido dele que fabricava remedios artezanais tinha lhe vendido o oleo e era pra ele tomar uma colher tres vezes ao dia que resolveriam os problemas estomacais dele em relacao ao alcool. Osvaldo pediu que Amelia experimentasse  e ela ao fazer isso viu que o gosto era forte e bom. Na mesma hora ela pensou, posso entornar o "tira alcool" aqui mesmo nesse oleo que ele nem vai perceber ja que ele chacoalha a garrafa toda vez que vai tomar. E assim o fez...

Chegou o fim de semana e eles foram para a casa de um amigo numa fazenda proxima a cidade. Amelia, pra garantir que ele ia passar mal mesmo aproveitou pra lembra-lo da colher que ele tinha que tomar pela manha e lembrou-lhe de levar a garrafa para a festa. O Osvaldo pegou a garrafa pet, a mulher, a chave do carro e foi-se embora em direcao a fazendinha.

Mal chegaram na fazenda o Osvaldo ja foi logo pegando a "cervejinha de guerra" e tomando como se toda a cerveja do mundo fosse acabar no outro dia. Amelia so estava a esperar o espetaculo comecar para assistir "de camarote".

Passado algum tempo (nao sei dizer o quanto) Osvaldo comecou a vomitar toda a cerveja que havia tomado e o churracos que havia comido. Amelia so dizia: "E a cerveja!". Tentaram de tudo pra ele melhorar, remedios, chazinhos, massagens... mas ele somente piorava. Resolveram entao tomar a atitude que precisavam: levaram ele pra o pronto socorro que ficava na cidade ha uns 10 quilometros de distancia.

Amelia nao sabia dirigir, entao um dos convidados se ofereceu pra leva-los ate o hospital. Quando estavam quase a chegar na cidade, ao longe avistaram um carro de policia que estava a fazer uma "blitz" nos carros que ali passavam. O motorista do carro de Amelia nao possuia carteira de motorista e ficou apreensivo quanto a passar por ali, mas os policiais ja haviam visto o carro e nao dava mais pra parar.

Osvaldo, vomitando ate "os intestinos" disse que poderia passar para o banco do motorista e continuar a dirigir ate passar os policiais. Trocaram de lugar e seguiram pela estrada onde foram abordados. O policial perguntou porque a parada antes de chegar na blitz e o Osvaldo respondeu que o celular havia tocado e era para ele a chamada em questao.

O Policial logo vendo que o Osvaldo estava "pra la de Bagda" fez o teste do bafometro e verificou que o Osvaldo estava sem condicoes de dirigir. Apreenderam o carro e encaminharam o Osvaldo na viatura pra o pronto socorro mais proximo para que a "bebundanca" dele fosse "corrigida".

Chegando no pronto socorro o celular de Amelia tocou, era a mulher do dono da chacara (amiga de Amelia) que estava perguntando onde ela estava pois mais pessoas na festa tambem estavam com os mesmos sintomas de Osvaldo. Amelia se desesperou pois nao sabia como o "tira alcool" do Osvaldo havia poluido o restante dos convidados.

Logo chegaram os outros convidados. Alguns amparados, outros carregados, todos que beberam cerveja se deram mal O medico entao comecou a interrogar todo mundo pra saber o que haviam comido. Amelia ficou louca de medo de ser presa. Se alguem descobrisse que o churrasco foi "batizado" por culpa dela, ela realmente estava encrencada. Ela entao pessou: "Me lasquei!!!...". Mas ela ainda nao sabia como e que o "tira alcool" foi espalhado para todos os convidados.

Amelia, achegou-se ao marido e como quem nao queria nada falou: "Meu amor, pena que o seu remedio pra estomago nao funcionou...". O Mario entao respondeu: "Pois Amelia! E eu dei pra todo mundo experimentar garantindo que ninguem ia passar mal do estomago!"... Nessa hora Amelia decidiu; teria que dar um fim na garrafa antes que alguem associasse a garrafa com o incidente e logo, logo chegassem a ela. Mas como ela faria isso ja que a garrafa estava no carro que havia sido preso pela policia? Ela entao com certeza pensou: "So resta esperar meu triste destino".

Passou-se um tempo, Osvaldo melhorou, pagou os encargos para que pudesse tirar o carro e buscou-o na garagem da policia rodoviaria. Quando chegou em casa com o carro ja foi logo tirando a garrafa do porta-malas e dizendo a Amelia que iria na Vigilancia Sanitaria denunciar os remedios do conhecido em questao pois ele quase levou ao obito mais de 10 pessoas (bebuns na realidade).

Quando o Osvaldo foi para o seu banho, a Amelia aproveitou para jogar a garafa no chao e amassa-la para que o liquido saisse e deu para o cachorro brincar e morder. Jogou uma agua em cima pra disfarcar que tentou limpar a bagunca que o "cachorro" fez. O Osvaldo ficou deveras nervoso com a Amelia, mas disse que ia la sem a garrafa mesmo, entao Amelia disse: "Osvaldo, acho que isSo e um sinal!... Nao era pra voce levar essa garrafa la mesmo! Talvez esse homem depois pudesse fazer ate uma macumbinha pra voce... Deixa isso pra la!...". Osvaldo, como acreditava (e muito) em sobrenatural, ficou com "medinho" e acabou por deixar isso pra la mesmo...

Amelia entao ligou para Ana e disse-lhe o que havia acontecido. Ficou deveras temerosa de o Osvaldo um dia descobrir que era ela quem fazia ele passar mal... ou melhor... ela so "estimulava a ignicao", quem realmente "botava o combustivel" pra o negocio explodir era o proprio Osvaldo.

Caro leitor, no final das contas "sucedeu-se" que Amelia ficou com medo de "batizar" a comida do Osvaldo novamente (falar em batizar tenho uma historia de um macarrao batizado... mas essa e outra historia), os amigos do Osvaldo ficaram ainda um bom tempo sem beber uma com medo de o "remedio" ainda ter efeito retardado e o Osvaldo, depois de pagar multa de carro, pagar hospital, comprar medicamentos e ainda por cima ficar sem beber a sua cervejinha que ele amava tanto... no outro dia so podia mesmo era ficar triste por nao poder dizer: "Hoje eu estou mais rico que ontem!"

Um comentário:

  1. Por essas e outras que eu parei de beber, confesso que a vida hoje em dia é bem melhor com certeza, beijão Beatriz :-)

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